O Hospital Geral de Luanda (HGL) precisa de mais recursos humanos, para melhorar a assistência à população, segundo o seu director-geral, Carlos Zeca.
“É o maior hospital de referência em Luanda e funciona apenas com 558 trabalhadores, dos 2.046 determinados no quadro orgânico”, sublinhou Carlos Zeca, acrescentando que o Hospital Geral de Luanda tem apenas 38 por cento da força de trabalho necessária, havendo a necessidade de enquadramento de mais 1.488 trabalhadores.
Em declarações à imprensa, durante uma visita da governadora provincial de Luanda, Carlos Zeca disse acreditar que a situação da falta de recursos humanos poderá ser resolvida o mais rápido possível, apesar da crise que o país está a viver.
“O país vive uma crise de poucos recursos alocados ao sector da Saúde, mas pensamos que a situação vai se reverter”, disse Carlos Zeca.
Realçou que a malária continua a ser a principal causa de mortalidade no Hospital Geral de Luanda.
“A malária constitui 19 por cento das doenças que diariamente são registadas, seguindo-se a hipertensão arterial, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e traumatismos resultantes de acidentes e de outras causas”, disse.
Carlos Zeca sublinhou que o HGL vai incrementar as acções de reforço da educação sanitária e incentivar as comunidades a construírem e usarem correctamente os mosquiteiros, latrinas, bem como queimar ou enterrar o lixo.
Atendimento
Os quatro bancos de urgência do HGL atendem, diariamente, 350 a 400 pacientes, dos quais mais de 40 são internados.
O director-geral do hospital apontou a malária, febre tifóide, doenças respiratórias agudas, hipertensão arterial, doenças diarreicas agudas e diabetes como as doenças mais frequentes.
Carlos Zeca explicou que o serviço de hemodiálise do hospital, que funcionava com três turnos, foi reforçado com mais um, perfazendo um total de quatro por dia. Explicou estarem a realizar apenas cirurgias urgentes, além de consultas em quase todas as especialidades.