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    Guiné-Bissau: Troca de mimos entre Sissoco Embalo e Braima Camara pode abalar o MADEM G-15

    A cena política guineense está a ser dominada pela troca de farpas entre o Presidente da República e Coordenador do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), partido que apoiou Úmaro Sissoco Embaló nas presidenciais, e do qual é igualmente um dos vice-presidentes.

    Tudo veio a público quando, na semana passada, o líder do MADEM-G15, Braima Camara, afirmou que não vai admitir um ditador na Guiné-Bissau.

    Braima Camará havia discordado com a decisão do Governo em instituir a reza de tabaski na quarta-feira, quando a maioria dos fieis muçulmanos, defendia que o acto deveria ter lugar na terça, de acordo com o calendário islâmico.

    As declarações do coordenador do MADEM-G15 foram mais além ao afirmar que vai expulsar, “todos os militantes e dirigentes mentirosos da etnia fula do partido”.

    Úmaro El Mocktar Sissoco Embaló respondeu que não é, e nem pretende ser ditador e que MADEM-G15 “não é propriedade de ninguém”, e que não vai permitir desordem no partido, maioritário na actual coligação governamental.

    O jurista e analista politico Fransual Dias diz que uma implicações desta confrontação pública pode ser “a necessidade eventualmente de renegociação do pacto que vincula as partes, isso no sentido de delimitação das áreas de intervenção de cada um”.

    Para Dias, Dias “a outra implicação é efectivamente cada uma das partes seguir o seu caminho até ao fim da legislatura, mantendo o Governo e o Parlamento a funcionarem regularmente”

    E, acrescenta Dias, “uma terceira hipótese tem a ver com a dissolução do Parlamento e seguir os parâmetros para as eleições legislativas antecipadas”.

    Noutra leitura, o analista politico Jamel Handem diz que “quando se evoca questões tribais, a situação torna-se mais grave”.

    Handem explica que “aqui, na Guiné-Bissau, sempre ouvimos dizer que fulas e mandingas se dariam bem. É uma situação que vem do passado desde a derrota do Futa-Djaló sobre o que restava do Império Mandinga na Guiné-Bissau. Portanto tem havido esta questão de não entendimento entre fulas mandingas”.

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    FonteVoA

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