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    Governo desmente existência de supostas valas comuns na Lunda Norte

    Angop

    A Delegação do Ministério do Interior na província da Lunda Norte qualificou, esta segunda-feira, de ”caluniosas” as informações postas a circular nas redes sociais sobre a alegada existência naquela região de valas comuns, reproduzidas pela UNITA para atacar o Governo angolano.

    Pronunciamentos postos a circular nas redes sociais por internautas fazem alusão a uma alegada existência de valas comuns na região, onde teriam sido enterrados os cadáveres de 10 pessoas, supostamente mortas por agentes policiais na localidade de Calonda, no âmbito da “Operação Transparência”.

    As acusações, que foram postas a circular nos últimos dias nas redes sociais, foram reproduzidas esta segunda-feira pela UNITA, maior partido da oposição, e retomadas por alguns órgãos de comunicação social, nacionais e estrangeiros, sem qualquer contraponto oficial.

    Em conferência de imprensa realizada em Luanda, o vice-presidente da UNITA, deputado Raul Danda, revelou que um grupo de parlamentares da organização esteve na Lunda Norte para averiguar aquelas informações.

    Depois de minimizar os esclarecimentos fornecidos pelo Ministério do Interior, Danda não hesitou e falou numa suposta “barbárie ocorrida em Calonda”, sem, contudo, apresentar qualquer evidência factual.

    Em comunicado distribuído à imprensa, a Delegação do Ministério do Interior na Lunda Norte fez notar que as denúncias que circulam nas redes sociais “não indicam a área onde se pode localizar a suposta vala comum”.

    Acrescenta que, além disso, também não referem nenhuma reclamação de eventuais familiares acerca do alegado desaparecimento dessas 10 pessoas.

    As autoridades reafirmam que só é conhecido o caso de um cidadão que, após uma reclamação dos seus familiares, foi encontrado morto e enterrado no passado dia 4 de Maio, na localidade de Camafuca, que faz parte do projecto Calonda.

    Trata-se de Mahinga Matos, cujos assassinos se encontram a monte, mas já foram devidamente identificados.

    Para a delegação do Ministério do Interior na Lunda Norte, as denúncias sobre a suposta morte de 10 indivíduos por parte de agentes da polícia são “informações caluniosas de indivíduos descontentes com o trabalho de combate ao garimpo e à imigração ilegal” na região, no quadro da “Operação Transparência”.

    Esta última, recorde-se, permitiu a retirada de mais de 400 mil estrangeiros ilegais do leste do país, onde se dedicavam sobretudo ao garimpo ilegal de diamantes.

    De igual modo, possibilitou a apreensão de milhões de kwanzas, dólares e randes, bem como de grandes quantidades de equipamentos, viaturas e outros meios.

    O comunicado da Delegação do Ministério do Interior na Lunda Norte termina apelando aos cidadãos para “confiarem nas instituições policiais”, fornecendo-lhes informações fidedignas, para que elas possam levar a cabo o seu trabalho de segurança pública.

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