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    General António Indjai sancionado pela União Europeia

    O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, encabeça a lista de individualidades alvo das sanções da União Europeia, que inclui outros cinco militares considerados responsáveis pelo golpe de Estado.

    Um dia depois de a UE ter aprovado sanções contra os líderes do golpe militar de 12 de abril passado, a lista de seis pessoas que passam a ficar impedidas de entrar em território comunitário e cujos bens são congelados foi hoje publicada no Jornal Oficial da União Europeia e inclui ainda os generais Mamadu Ture “N’Krumah”, Augusto Mário Có, Estêvão na Mena, Ibraima (“Papa”) Camará e o tenente-coronel Daba Na Waln.

    Enquanto relativamente a estes cinco militares o Jornal Oficial da UE limita-se a assinalar que os mesmos pertencem ao comando militar que assumiu responsabilidade pelo golpe de Estado, quanto a Indjai é indicado que o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas já esteve pessoalmente envolvido no planeamento e liderança da insubordinação militar de abril de 2010, tendo agido de forma a pressionar o Governo a nomeá-lo para a liderança das Forças Armadas.

    “Indjai tem feito constantemente declarações públicas a ameaçar as vidas das autoridades legítimas, nomeadamente contra o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, e tem minado o respeito da lei, restringindo os poderes civis e promovendo um clima de impunidade e instabilidade no país”, lê-se no documento oficial.

    O Jornal Oficial nota ainda que durante a campanha eleitoral de 2012, Indjai teve intervenções a ameaçar derrubar as autoridades eleitas e pôr fim ao processo eleitoral.
    Por fim, o documento refere que Indjai esteve uma vez mais envolvido no planeamento operacional do golpe de Estado de 12 de abril deste ano, e, depois do mesmo, o primeiro comunicado emitido pelo «Comando Militar» foi divulgado pelas Forças Armadas, sob a sua responsabilidade, e que o general “não se opôs ou distanciou de qualquer forma dessa ação militar inconstitucional”.

    A União Europeia aprovou na quinta-feira sanções contra os líderes do golpe de Estado na Guiné-Bissau de 12 de abril passado, considerados “responsáveis de ameaçarem a paz, segurança e estabilidade” do país.

    Num comunicado divulgado em Bruxelas, o Conselho explicou que, “face à gravidade da atual situação na Guiné-Bissau”, decidiu aprovar medidas restritivas dirigidas, que, segundo a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, visam “os líderes do recente golpe de Estado” no país.
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    “A UE condena firmemente (o golpe) e reclama que a ordem constitucional seja imediatamente reposta”, acrescentou Catherine Ashton na mesma nota.

    FONTE: Diário de Notícias

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