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    Finlândia ameaça bloquear compra de obrigações pelo fundo europeu

    A Holanda também não vê com bons olhos a ideia do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) comprar dívida soberana dos parceiros da zona euro.

    A Finlândia pode vir a travar o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) de comprar títulos de dívida soberana no mercado secundário. Também a Holanda mostra-se contrária à ideia da compra de obrigações pelo fundo de resgate da zona euro.

    “A Finlândia vai, naturalmente, avaliar futuras aquisições caso a caso, mas é provável que bloqueie quaisquer planos do MEE para adquirir obrigações no mercado secundário”, disse hoje Pasi Rajala, porta-voz do Governo de Helsínquia, citado pela agência France Press. Rajala argumentou que “participar em operações nos mercados secundários não faz sentido nenhum”.

    A Finlândia encara o método como uma “forma ineficiente de estabilizar os mercados, segundo um alto responsável do Governo citado pela “Reuters”.

    A ideia também não é vista com bons olhos pela Holanda. “O primeiro-ministro disse na sexta-feira [na cimeira] que não é a favor da compra de obrigações” pelo MEE, revelou à “Reuters” Niels Redeker, porta-voz do ministério holandês das Finanças.

    “Usar os instrumentos existentes para comprar títulos se é caro e apenas poderá ser feito se existir unanimidade. Isso significaria que a Holanda teria de votar a favor, precisou o mesmo responsável.

    A dívida soberana é emitida pelo Tesouro de cada país para suprir as suas necessidades de financiamento. Os títulos de dívida podem depois ser negociados por investidores no mercado secundário.

    Reduzir juros

    No conselho europeu da semana passada foi decidido que a zona euro iria agir para reduzir os juros pagos por alguns estados-membros, particularmente Espanha e Itália, que estão no olho do furacão da dívida do euro. Estimulando a procura de obrigações no mercado secundário, os respetivos juros desceriam.

    Essas intervenções seriam conduzidas pelo Banco Central Europeu, através dos dois fundos de resgate – o MEE (que entra em funcionamento este mês) e o temporário Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

    No entanto, o recurso ao MEE para comprar obrigações de dívida soberana e assim estabilizar os juros de países em dificuldades requer unanimidade entre os 17 membros da zona euro.

    “No futuro, será necessária uma decisão unânime para as aquisições [do MEE], e parece que não será possível obter unanimidade devido à oposição da Finlândia e da Holanda”, lê-se num relatório apresentado hoje no parlamento finlandês pelo Governo do primeiro-ministro Jyrki Katainen.

    A Finlândia é dos poucos países da zona euro cujo crédito ainda é avaliado como AAA (nível máximo) pelas agências de notação financeira. No ano passado, Helsínquia atrasou a aprovação de um resgate à Grécia, que só se concluiu através da assinatura de um acordo bilateral com Atenas.

    FONTE: Expresso

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