Luanda – As trocas comerciais entre Angola e China, em 2012, atingiram três triliões e 750 biliões de kwanzas, informou hoje (terça-feira), em Luanda, o embaixador chinês acreditado em Angola, Gao Kexiang.
Segundo o diplomata, que discursava na Feira Internacional de Luanda (FILDA), momentos depois da abertura do pavilhão da China, esse balanço comercial é mil vezes superior ao montante registado há 30 anos.
Gao Kexiang disse que a cooperação bilateral deu suporte à reconstrução nacional de Angola e também teve um papel positivo no crescimento socio-económico da China, beneficiando, substancialmente, os povos dos dois países.
No seu discurso, o responsável referiu que ao longo dos 30 anos, através de esforços conjuntos, os laços sino-angolanos conheceram um grande desenvolvimento.
“São cada vez mais frequentes os encontros e visitas de alto nível entre os dois países e cada vez mais intensificada a cooperação bilateral nos domínios da economia, comércio, finanças, construção civil, agricultura, justiça e formação de quadros”, sublinhou.
O embaixador referiu ainda que as relações sino-angolanas foram definidas oficialmente como estratégicas em 2010
Aludiu também o facto de o Executivo angolano estar a implementar o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, para melhoria do nível de vida dos angolanos, enquanto o governo chinês está a encaminhar o seu povo para a construção de uma sociedade modernamente próspera até 2020.
“As tarefas semelhantes de desenvolvimento oferecem-nos novas oportunidades para o aprofundamento da nossa parceria estratégica e o alargamento da cooperação multisectorial. Fico contente de ver que, nos anos recentes, para se adaptarem as novas circunstâncias, algumas empresas chinesas começam a transformar os conceitos de desenvolvimento, e aumentar o investimento em Angola”, manifestou Gao Kexiang.
O diplomata disse ainda que deseja, aproveitando a presente edição da FILDA, ver mais empresas chinesas a encontrarem novas oportunidades de negócio e enraizarem-se no mercado local, enquanto mais empreendimentos angolanos conheçam melhor os produtos chineses e procurem estabelecer parcerias com os homólogos chineses.
Salientou que o governo chinês atribui, desde sempre, grande importância à FILDA e tem estimulado às empresas do seu país a participarem. ” Este ano, a parte chinesa está instala pela primeira vez num pavilhão com o maior número de empresas e maior área de exposição na história”.
O primeiro dia da feira é dedicado à China que participa com cerca de 100 empresas.
A 30º edição da FILDA, inaugurada hoje, decorre sob o lema “Os desafios da atracção de investimentos: Estratégia, legislação, instituições, infraestruturas e recursos humanos”.
Participam nessa edição mais de mil empresas angolanas e estrangeiras. A feira decorre até domingo. (portalangop.co.ao)