O ex-Presidente cubano Fidel Castro afirma que o último relatório da Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA) sobre o Irão “põe o mundo à beira da guerra nuclear”.
“O mais curioso é que, mal a OTAN acabou a sua operação na Líbia, a Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA), órgão das Nações Unidas, uma instituição que devia estar ao serviço da paz mundial, lançou o seu relatório político, interesseiro e sectário, que põe o mundo à beira da guerra com o uso de armas nucleares”, escreve, num artigo publicado no domingo e intitulado “O cinismo genocida”.
Fidel Castro, de 85 anos, argumenta que a Agência apoia assim a guerra que os Estados Unidos, “em aliança com a Grã-Bretanha e Israel, tem vindo a preparar minuciosamente contra o Irão”.
O antigo Presidente cubano considera necessário que “a humanidade tome consciência dos riscos que corre inexoravelmente de cair numa catástrofe total e definitiva em consequência de decisões irresponsáveis dos políticos em cujas mãos o acaso, mais do que o talento ou o mérito, colocou o destino da humanidade”.
No seu relatório, divulgado na terça-feira, a AIEA manifesta “sérias preocupações” sobre a dimensão militar do programa nuclear iraniano, com base em informações “credíveis”.
Fonte: JA