O FBI deteve nesta sexta-feira um ex-militar americano suspeito de planear um ataque terrorista em San Francisco no dia de Natal.
O suspeito foi identificado como Everitt Aaron Jameson, 26 anos, um ex-fuzileiro e actualmente operador de guindaste que “adoptou crenças jihadistas”, informa o agente do FBI Christopher McKinney na denúncia entregue a um tribunal federal da Califórnia.
Jameson foi denunciado por proporcionar apoio material a organização terrorista estrangeira e corre o risco de pegar até 20 anos de prisão.
Segundo o FBI, “nunca houve risco iminente para a população”.
O suspeito manifestou a um agente disfarçado do FBI que queria utilizar explosivos contra uma multidão no turístico Pier 39 de San Francisco, entre os dias 18 e 25 de Dezembro.
O ex-militar destacou que o “Natal seria o dia perfeito para se cometer o ataque” e disse não ter um plano de fuga porque estava “pronto para morrer”.
A casa do suspeito, na cidade de Modesto, 150 km de San Francisco, foi vasculhada na quarta-feira e o FBI encontrou seu testamento junto com várias armas e munição.
Segundo o agente do FBI, Jameson recebeu treinamento no Corpo dos Marines em 2009 e era especialista no manejo de fuzis. Foi dado baixa por esconder um histórico médico de asma.
Jameson pretendia atacar o Pier 39 por ser uma área que conhecia e que “estaria cheia de gente”.
O ex-militar revelou ao agente disfarçado do FBI, que se dizia um alto dirigente do grupo jihadista Estado Islâmico, que queria um “ataque como o de Nova York e o de San Bernardino”, combinando o uso de armas de fogo com atropelamento.
“Hoje nossos incríveis oficiais da lei ajudaram, mais uma vez, a frustrar um plano para assassinar americanos”, declarou o promotor Jeff Sessions.
“A ameaça do terrorismo islâmico radical é real, grave, mas o povo americano pode estar certo de que o departamento de Justiça seguirá protegendo nossa pátria”.
Segundo o FBI, Jameson expressou seu apoio ao ataque de Outubro em Nova York, quando um jihadista utilizou uma camionete para atropelar ciclistas, matando oito pessoas. (Afp)