Pelo menos 230 famílias que viviam em situação de vulnerabilidade, no Distrito Urbano do Zango 1, município de Viana, passam a viver de forma mais condigna, depois de transferidas, quarta-feira (5), em casas evolutivas localizadas nos arredores da Urbanização do Sequele, em Cacuaco.
As contempladas integram um total de 803 famílias, que, até ontem, vivia em casas de chapa, no chamado bairro “Tendas da Ilha do Zango 1” ou “Condomínio de Prata”, onde chegou, em 2009, saído do bairro Benfica (sector Lelo), na Ilha do Cabo, no então município da Ingombota.
Os novos inquilinos da urbanização, construída entre a Centralidade do Sequele e o Projecto Habitacional Mayé Mayé, receberam casas de tipologia T2 (dois quartos e WC), num espaço de 10/15 metros.
Um dos contemplados reclamou ao Jornal de Angola do estado em que se encontram as casas. “Têm pouca dimensão, fissuras nas paredes e com as fechaduras arrombadas e sem chaves”, exemplificou.
José Kikuasa acusou a comissão responsável pela transferência de levar a cabo um processo viciado, por terem sido infiltradas pessoas que “nunca residiram” nas casas de chapa do Zango 1.
Uma fonte ligada às transferências daquelas famílias, com início na segunda-feira e término ontem, revelou ao Jornal de Angola, sem avançar datas, que o processo terá sequência.
A mesma fonte pediu calma às restantes 573 famílias que não foram contempladas e permanecem ainda no “Condomínio de Prata”, tendo adiantado que os nomes dos chefes dos referidos agregados constam em listas “devidamente catalogadas”.
Da Ilha do Cabo, tinham saído, em Abril de 2009, um grupo de 2.400 famílias, sob a alegação de que a referida zona de Luanda seria requalificada. Enquanto esperavam pela deslocação, surgiram calemas que desabrigaram mais de 150 agregados, facto que obrigou o Governo Provincial a orientar a transferência urgente, em camiões, das mesmas para o Zango 1.
