Joaquim Sebastião, antigo director do Instituto de Estradas de Angola (INEA), é posto em liberdade hoje sob Termo de Identidade e Residência (medida de coacção pessoal) por motivos de doença, avançou ontem, ao Jornal de Angola, uma fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A fonte acrescentou que “a PGR continua a trabalhar no processo para formalizar a acusação.” O Serviço de Recuperação de Activos da PGR apreendeu, segunda -feira, alguns imóveis do antigo director-geral do INEA, incluindo a vivenda, localizada na zona do Talatona, em Luanda.
Joaquim Sebastião apresentou voluntariamente uma relação de cerca de 30 imóveis, em Angola, Portugal e Brasil, e uma dúzia de veículos. As autoridades acordaram que Joaquim Sebastião ficasse apenas com duas viaturas e uma vivenda para a família, mas que não fosse nem a do Kikuxi, nem a de Talatona, cada uma avaliada em cerca de 10 milhões de dólares.
A PGR tinha dado o prazo de 72 horas, que terminou segunda-feira, para desocupar a vivenda e que a família se transferisse para outra em qualquer ponto da cidade de Luanda, acabando a escolha por recair sobre a casa do Miramar.
Fonte do Jornal de Angola avançou que as provas existentes no processo apontam para prejuízos acima de mil milhões de dólares e que a apreensão de bens tem como objectivo evitar a dissipação do património ou que se possa vender ou simular negócios.