As autoridades de Israel anunciaram a apropriação de 400 hectares de terras situadas na Cisjordânia ocupada, no setor de Belém.
O argumento de que pertencem ao Estado é invocado como justificação, mas os Estados Unidos já pediram ao primeiro-ministro para reconsiderar o passo, visto como o prenúncio de um novo foco de tensão.
Yariv Oppenhiemer, da organização pacifista “Paz Agora”, alerta justamente para esse facto: “Esta nova declaração de expansão do colonato pelo Governo israelita é muito significativa. Não recordamos um anúncio tão importante desde os últimos dez ou vinte anos. Trata-se de uma punhalada nas costas de Abbas e do povo moderado na Autoridade Palestiniana, em vez de fortalecer a Autoridade Palestiniana versus Hamas.”
Os Estados Unidos, a Autoridade Palestiniana, a esquerda israelita e parte do executivo, incluindo o ministro das Finanças, alertam que os planos complicam as relações.
“Basicamente estamos contra quaisquer mudanças repentinas na Cisjordânia agora, porque precisamos de voltar a uma espécie de processo negociador no terreno”, afirmou Yair Lapid, o ministro israelita das Finanças.
O anúncio surge menos de uma semana depois do cessar-fogo na Faixa de Gaza e 72 horas depois de Mahmoud Abbas ter afirmado que Netanyahu lhe disse pessoalmente estar disposto a reconhecer o Estado palestiniano nas fronteiras prévias a 1967. (euronews.com)