Os deslocados dos ataques terroristas vivem em condições deploráveis na província de Cabo Delgado. A denúncia é da Comissão Nacional dos Direitos Humanos que lamenta a situação.
Para Luís Bitone, presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos a situação que se vive em Cabo Delgado, constatada por brigadas que se deslocaram ao terreno, revelam preocupação: “o número de deslocados internos está a crescer cada vez mais. Estamos a falar de mais de 200 mil a nível do país, mas só num centro em Cabo Delgado contamos 25 mil. Também constatamos que há deslocados que vivem em famílias, em casa de famílias ou em famílias de acolhimento em números exagerados; Só para dar um exemplo, casas onde vivem 40/50 pessoas, imagine qual é a consequência sob o ponto de vista de forma de habitação.”
Luís Bitone revela também com preocupação o facto dos deslocados não possuírem documentos de identificação.
A Comissão Nacional dos Direitos Humanos de Moçambique garante que vai continuar a monitorar a situação em que vivem os deslocados dos ataques terroristas que já provocaram mais de mil vítimas mortais desde o seu início, em finais de 2017.