O Hospital do Prenda conheceu, nos últimos anos, uma significativa diminuição do fluxo de pacientes com doenças ligeiras e que antes lotavam os serviços do banco de urgência daquela instituição de saúde.
De acordo com o director geral do hospital, Rodrigues Leonardo, esta diminuição é fruto da abertura dos Serviços de Municipalização de Saúde a nível nacional.
Rodrigues Leonardo disse aos Jornal de Angola, que o banco de urgência daquele hospital recebe uma média de 140 pacientes por dia o que, segundo ele, não era possível suceder 2002.
Este ano, entre o banco de urgência e as consultas gerais o hospital do Prenda atendeu 4.854 doentes. Em 2011 o número de pacientes atendidos foi de 14.356.
“Em relação ao primeiro semestre do ano em curso, notamos que houve uma diminuição do número de casos ligeiros, embora ainda não tenhamos atingido a meta desejada. Isto mostra que os hospitais municipais já estão a ter soluções, mas que é preciso ainda ter-se atenção com os casos complexos de modo a que possam dirigir-se aos hospitais de referência onde há médicos especializados”, referiu o médico Rodrigues Leonardo. De acordo com o responsável pelo Hospital do Prenda, ainda é preciso educar a população que está acostumada a ir aos hospitais nacionais para tentar resolver casos de pequena relevância.
O hospital do Prenda tem actualmente uma capacidade de internamento de 150 camas, quando em 2002 possuía apenas 56.
O director disse que esta unidade de saúde efectua várias intervenções de cirurgia geral, ortopédica, traumatológica, urológica, maxilofacial e cirurgias plásticas reconstrutivas. “Anteriormente, o nosso hospital não tinha capacidade para atender casos graves, como o implante de próteses da anca e cirurgias de reconstrução.
Os pacientes eram obrigados a ser transferidos para o exterior do país”, disse Rodrigues Leonardo que considerou estas duas áreas como as de maior referência daquela unidade hospitalar.
“Hospital Universitário”
Esta unidade, que também é considerado como um “Hospital Universitário”, conta com um corpo clínico de 70 médicos especialistas dos quais 34 são estrangeiros. “Também albergamos uma universidade médica, a Jean Piaget, onde os alunos trabalham a partir do 3º ano do curso de Medicina. Este ano, vamos graduar o primeiro grupo de cerca 95 alunos aqui formados e que depois vão ser distribuídos pelos hospitais municipais, de modo a melhorar a qualidade do atendimento e assistência médica e medicamentosa”.
Na vertente da pós graduação, o hospital está a formar especialistas para o mercado nacional. “Só para dar um exemplo, em 2002 tínhamos apenas seis angolanos mas, em 2011, formámos 16 médicos de várias especialidades”.
Em termos de equipamento Rodrigues Leonardo fez saber que, fruto das obras de reabilitação, o hospital recebeu uma gama de material com tecnologia de ponta que tem servido para responder à procura. O Hospital do Prenda conta com um Serviço de Urgência totalmente moderno e está dividido em duas áreas, nomeadamente a de “Urgência” e de “Emergência”. A área de “Emergência” responde ao projecto do Ministério da Saúde relacionado com o Sistema Integrado de Emergência Médica.
A unidade hospitalar conta também, com um serviço de apoio ao diagnóstico, um laboratório clínico e uma área de imagiologia que tem incorporado um aparelho de Tomografia Axial Computorizada (TAC), que assim dá suporte aos cuidados intensivos de saúde.
Uma outra valia prende-se com o facto do doente grave no Hospital do Prenda poder ser monitorizado a partir de qualquer lugar, tanto nas salas de cuidados intensivos, como na sala de operações e unidade de emergência (dependendo do local onde estiver o especialista que está em serviço a tratar do paciente), uma vez que todas as salas estão equipadas com tencologia de ponta e ligadas ao sistema de Internet.
Fonte: JA
