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    Deputados da UNITA avaliam no Cafunfo os confrontos mortais de sábado

    Parlamentares da UNITA, CASA-CE e PRS pedem Comissão de Inquérito Parlamentar aos incidentes do dia 30

    Uma missão parlamentar da UNITA chegou nas últimas horas ao município diamantífero do Cuango, na província angolana da Lunda Norte, para recolher informações sobre os incidentes do passado sábado que, segundo fontes diversas, podem ter deixado entre seis e 27 mortos e muito desaparecidos.

    O deputado Domingos Oliveira, representante do principal partido da oposição na Lunda Norte, disse à VOA que a delegação de cinco deputados pretende ter a sua própria versão sobre o que aconteceu e avaliar a dimensão e a gravidade dos incidentes, independentemente do que vier a ser apurado pelo inquérito anunciado pelo comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida.

    Num comunicado difundido em Luanda, a UNITA descreveu os incidentes de Cafunfo como sendo “uma gravíssima regressão do Executivo angolano, no cumprimento da Constituição, no respeito ao exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”.

    Para o principal partido na oposição, a morte daqueles cidadãos “põe em causa o respeito pelo princípio da dignidade da pessoa humana”.

    O Grupo Parlamentar da UNITA defendeu que tais actos seriam “evitáveis se fossem atendidas as petições e reclamações dos cidadãos, sobre a solução dos problemas económicos e sociais que afectam as suas comunidades, primando sempre pelo diálogo”.

    Os deputados do partido do “galo negro” juntaram a sua voz aos pedidos da CASA-CE e do PRS que exigiram da Assembleia Nacional a criação de um Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as reais causas e as consequência da revolta de Cafunfo, organizada pelo chamado Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe.

    O Colégio Presidencial da CASA-CE e o PRS também condenaram o uso excessivo da força pelas Forças Armadas Angolanas e Polícia Nacional “na manifestação de cidadãos indefesos”.

    O líder do PRS, Benedito Daniel, disse estar surpreendido com “a habilidade” da polícia na justificação dos “assassínios, com o massacre perpetrado”.

    A Amnistia Internacional, OMUNGA, líderes da Igreja Católica e personalidades da sociedade civil condenaram o uso da força contra os manifestantes.

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