A província do Cunene necessita de um centro materno infantil para melhor acomodação e seguimento terapêutico a mulher grávida disse quarta-feira, o director clínico do hospital geral de Ondjiva, Tchimali Florim.
A maternidade actual, no maior hospital da província do Cunene, já não suporta a demanda, pois diariamente dão entrada 20 a 15 gestantes para serem acolhidas em 54 leitos existentes, sendo insuficiente e algumas grávidas são acomodadas em lugares improvisados, explicou à Angop, Tchimali Florim.
Para um atendimento melhor seria necessário a construção de um centro materno infantil com 170 camas para melhor acomodação das gestantes oriundas dos vários pontos da província, pois somente no hospital geral de Ondjiva realiza-se parto por cesariana e são atendidas outras complicações.
Tchimali Florim fez saber que os serviços da maternidade são assegurados por três médicos e 32 enfermeiras, que durante período de Janeiro a Junho deste ano, assistiram mil e 487 partos, dos quais 174 por cesariana, contra os 1.445 partos de igual período anterior de 2018.
Por seu turno, a directora da Saúde no Cunene, Georgina Nunes, informou haver já um projecto para construção do centro, entregue ao Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística do Governo (GEP), para constar no Programa de Investimentos Públicos de 2020.
O hospital geral de Ondjiva com uma capacidade de 250 camas, funciona desde a década de 1930, beneficiou da primeira reabilitação em 2000 e foi ampliado em 2002, na altura tinha 150 camas para internamento.
Dispõe de 35 médicos, dos quais 24 estrangeiros e 270 enfermeiros que atendem uma média diária de 600 a 700 pacientes nos serviços de medicina, cirurgia, ortopedia, oftalmologia, estomatologia e bloco operatório.
Cunene conta com uma rede hospitalar de 146 unidades sanitárias, assegurados por 77 médicos e 946 enfermeiros.