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    Construtora Andrade Gutierrez admite corrupção na campanha de Dilma

    A segunda maior empresa de construção do Brasil, a Andrade Gutierrez, confessou em tribunal que financiou de forma ilícita a campanha eleitoral da actual Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, através de contratos fictícios.

    A segunda maior empresa de engenharia e construção do Brasil, a Andrade Gutierrez, admitiu em tribunal que pagou despesas com os fornecedores da campanha eleitoral da actual presidente do Brasil, Dilma Rousseff (na foto), escreve o jornal a Folha de São Paulo, citado pela Reuters.

    A confissão foi feita por 11 executivos da empresa que afirmam que as transferências foram feitas através de contratos fictícios de prestação de serviços.

    Segundo as 11 testemunhas do processo, o pagamento foi feito através de um pedido directo de um dos coordenadores da campanha do Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Dilma. Para criar um aspecto de regularidade do processo, a Andrade Gutierrez criou um contrato fictício com a empresa de comunicação Pepper, que à época terá custado 5 milhões de reais, mais de 1 milhão de euros.

    Esta revelação acontece uma semana depois de o chefe de campanha de Dilma Rousseff se ter entregado às autoridades depois de ter sido emitido um mandato de captura, e poderá dar agora uma nova força ao pedido de destituição de Dilma feito pela oposição do Governo, devido às suspeitas de ilícitos orçamentais com as contas públicas em 2014 durante o seu segundo mandato.

    O jornal brasileiro recorda que esta informação acontece num momento de “grande fragilidade do governo”, que anunciou esta segunda-feira a troca do ministro da Justiça.

    O Ministério Público Federal de Brasília não confirmou ainda os dados agora tornados públicos e afirma que não pode nem irá comentar o caso até aprovação do Supremo Tribunal.

    Os executivos revelaram ainda que foram pagos subornos para vencer contratos em projectos de obras públicas, incluindo o projecto da estação de energia nuclear Angra 3, da barragem hidroeléctrica Belo Monte e de três estádios construídos para o Mundial de futebol acolhido em 2014 pelo Brasil.

    Num cenário traçado no início deste ano por um grupo de analistas económicos da revista britânica The Economist, o mais provável é que a Presidente brasileira se mantenha em funções até ao fim do seu mandato. Os especialistas não deixam no entanto de destacar que a sua destituição e afastamento poderiam ser sinónimos de melhores resultados no combate à crise económica. (Jornal de Negocios)

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