Taiwan acusou a China de atitude provocatória depois de dois aviões militares chineses terem passado a fronteira que separa os dois lados. O ministro da Defesa de Taiwan disse este domingo que dois caças tiveram que ser ativados para afastar os aviões chineses.
É mais um momento de tensão entre os dois países. Pequim, que considera Taiwan parte do seu território, terá levado dois aviões de combate J-11 a sobrevoar o estreito de Taiwan, tendo mesmo por momentos cruzado a linha de separação entre a China continental e a ilha.
Os aviões chineses “violaram o acordo tácito de longa data (sobre a ‘linha média’), ao atravessá-la no Estreito de Taiwan”, afirma o Ministério da Defesa de Taiwan. “É uma ação intencional, perigosa e provocadora” com “impactos sérios na estabilidade e segurança regional”.
Para já, não há qualquer reação da China em relação a esta situação.
Huang Chung-yen, porta-voz do gabinete presidencial, afirmou entretanto que Pequim “deve por fim a estas atitudes, que coloca em perigo a paz regional”. Perante esta situação, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ordenou os militares a ultimarem todos os preparativos para uma situação de guerra.
Tem sido comum, nos últimos anos, atitudes semelhantes da parte chinesa em relação a Taiwan, com aviões e navios militares a cicularem de forma constante a ilha em exercícios militares.
Taiwan tem contado com o apoio dos Estados Unidos da América nesta disputa. Ainda recentemente os EUA enviaram navios da Marinha e da Guarda Costeira para o Estreito de Taiwan de forma a ajudar no patrulhamento da região.
A ilha tem sido um dos pontos de maior tensão dos norte-americanos com a China, a par da postura militar musculada de Pequim no mar do sul da China.
