Nasser Al-Ansi, um dos chefes do grupo Al Qaeda, foi morto durante um bombardeio do exército norte-americano realizado com um avião teleguiado no Iémen. O terrorista havia reivindicado ter orquestrado o ataque contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Janeiro. A morte do líder extremista, que teria ocorrido no mês de Abril, foi confirmada por um dos responsável da Aqpa, o braço do grupo na península árabe nesta quinta-feira (7).
O extremista havia aparecido em vários vídeos produzidos pela Aqpa. Em um deles, divulgado no dia 14 de Janeiro, ele afirmou que seu grupo havia realizado, por meio dos irmãos Kouachi, o massacre na redacção do Charlie Hebdo. Na fita, intitulada “Vingança para o profeta de Alá: mensagem sobre o bendito ataque de Paris”, Al-Ansi dizia que o ataque teria sido planeado para “vingar” Maomé, alvo de caricaturas no jornal satírico.
A morte de Al-Ansi foi anunciada inicialmente pelo Centro americano de vigilância de sites islamitas (SITE). A informação foi em seguida confirmada por Abou al-Miqdad al-Kindi, um dos responsáveis da Aqpa, por meio de um vídeo de 11 minutos divulgado pelo Twitter. O terrorista teria sido abatido com seu filho e outros seis combatentes.
EUA já abateram outros chefes da Al Qaeda no Iémen
Em 14 de Abril a Al Qaeda do Iémen já havia anunciado a morte de Ibrahim al-Rubaish, um de seus responsáveis na região. Ele também teria sido abatido por um drone norte-americano.
Os Estados Unidos são o único país a ter aviões teleguiados actuando na região. Washington considera a Aqpa como uma da facções mais perigosas da Al Qaeda.
Desde 2011 o grupo terrorista aproveita o enfraquecimento do poder no Iémen para reforçar sua presença no país. (rfi.fr)