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    Angola de olhos postos sobre a RCA e o Burundi

    José Eduardo dos Santos (DR)
    José Eduardo dos Santos (DR)

    O coordenador do painel de peritos do Comité de Sanções das Nações Unidas para a República Centro-Africana avistou-se esta manha em Luanda com as autoridades Angolanas que presidem actualmente a Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, e foi abordado nomeadamente o conflito vivido neste momento na RCA.

    Durante este encontro que coincide com o decurso em Bangui do Fórum de reconciliação da RCA até ao dia 11 de Maio, com primeiras declarações a favor de um desarmamento por parte de alguns grupos beligerantes, os peritos da ONU e Joaquim Espírito Santo, director para África e Médio Oriente do ministério das Relações Exteriores de Angola, reiteraram a necessidade de acompanhar de perto esse processo.

    Ao considerar que o diálogo na RCA “está no bom caminho” e que a presença de Angola na abertura do Fórum de Bangui na segunda-feira é sinal do empenho do seu país em resolver o conflito da RCA, Joaquim Espírito Santo detalha as motivações que levaram Angola a cancelar o envio de tropas para aquele país, pouco depois do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, Sachipendo Nunda, ter confirmado esta decisão à margem do encontro das chefias militares da lusofonia que está a decorrer em Luanda.

    Tanto a situação da RCA, como a instabilidade reinante na República Democrática do Congo e no Burundi com a forte mobilização popular contra a candidatura do presidente Nkurunziza a um terceiro mandato são questões a serem abordadas no quadro da Cimeira dos Grandes Lagos a ser organizada nos próximos dias. No âmbito da preparação desta conferência, o Secretário de Estado para as Relações Exteriores de Angola tem efectuado um périplo esta semana pelos países da região.

    Neste sentido, o Burundi tem merecido especial atenção por parte de Angola. Ainda hoje, chegaram daquele país notícias de novos confrontos e mortos depois de o presidente cessante do Burundi ter confirmado ontem de viva voz que não desistia de brigar um novo mandato apesar de fortes pressões internacionais contra esta eventualidade.

    Ao dar conta das tentativas de mediação encaminhadas por Angola para estancar esta crise, Joaquim Espírito Santo considera que o seu país pode alertar as autoridades burundesas sobre as possíveis implicações futuras da instabilidade reinante naquele país mas que “não se pode impor nada a nenhum país”. (rfi.fr)

     

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