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    Caso Lussaty: PGR detém mais de 20 pessoas e descobre “milhões” em kwanzas num contentor

    A Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), órgão da Procuradoria-Geral da República (PGR), realizou esta segunda-feira, 12, na província do Kuando-Kubango, a detenção de mais de 20 pessoas, supostamente envolvidas na “Operação Caranguejo” que tem como figura central o major Petro Lussaty. Entre os novos detidos está o comandante provincial da Casa de Segurança do Presidente da República, Manuel Correia e também o capitão Atanásio Lucas José, presidente do Kuando Kubango Futebol Clube, equipa da primeira divisão do Girabola.

    Durante as detenções, os efectivos da DNIAP, que viajaram propositadamente de Luanda para o Kuando-Kubango, descobriram e apreenderam “avultadas somas em kwanzas” que se encontravam guardadas num contentor.

    Álvaro João, o porta-voz da Procuradoria-Geral da República (PGR), em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), confirmou a detenção dos mais de 20 envolvidos no processo e salientou que depois de serem ouvidos, lhes foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

    O chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, Pedro Lussaty, figura central, terá sido detido na posse de duas malas com dez milhões de dólares e quatro milhões de euros, supostamente a tentar sair do País.
    (DR)

    Em Maio último, a PGR anunciou, que foi aberto um processo que envolve oficiais das Forças Armadas Angolanas afectos à Casa de Segurança do Presidente da República, por suspeita dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros.

    A nota da PGR frisava que, no âmbito do processo, foram apreendidos valores monetários “em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas”.

    O chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, Pedro Lussaty, figura central, terá sido detido na posse de duas malas com dez milhões de dólares e quatro milhões de euros, supostamente a tentar sair do País.

    Na sequência do escândalo, o Presidente da República, João Lourenço, demitiu vários militares de topo ligados à sua Casa de Segurança, bem como o seu responsável máximo e ministro de Estado, Pedro Sebastião.

    O Banco Nacional de Angola (BNA) abriu também um inquérito para apurar as circunstâncias em que o dinheiro levantado por um banco comercial foi encontrado na posse dos oficiais ligados à Casa de Segurança.

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