Questões como a mobilidade no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a eleição do seu novo secretário executivo vão dominar os trabalhos da XII cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização que inicia nesta terça-feira, na Ilha de Sal, Cabo Verde.
O Presidente de Angola, João Lourenço, deve chegar a meio da manhã de hoje (terça-feira) à ilha cabo-verdiana.
A excepção do líder de Timor Leste, mais seis outros estadistas tem presença confirmada à reunião de cúpula da organização de que fazem parte também o Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe.
A presidência cabo-verdiana, iniciada nesta segunda-feira a nível de ministros e que se estenderá ao nível de Chefe de Estado, adoptou por lema “a cultura, as pessoas e os oceanos”.
O primeiro dia será reservado a discurso dos estadistas dos países membros e de representantes convidadas e um jantar de confraternização entre si.
Já o segundo dia reserva a eleição do candidato de Portugal, Francisco Ribeiro Telles para o cargo de Secretário Executivo para o biénio 2019-2020, em substituição da moçambicana Maria do Carmo da Silveira.
A última cimeira, a XI, decorreu em Brasília, capital do Brasil, a 31 de outubro e 1 de novembro de 2016, quando a presidência brasileira assumiu como prioridade a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030, definida pelas Nações Unidas).
Os países aprovaram também, nessa ocasião, a nova visão estratégica, que define o rumo da CPLP na próxima década, apontando como principais apostas a “cooperação económica e empresarial, segurança alimentar e nutricional, energia, turismo, ambiente, oceanos e plataformas continentais, cultura, educação e ciência, tecnologia e ensino superior”.
O documento previa ainda o reforço dos mecanismos para facilitar a circulação de pessoas dentro do espaço lusófono, uma proposta que teve a iniciativa de Portugal e Cabo Verde.
Se pedia também que a CPLP reforçasse a cooperação com os países que têm estatuto de observador associado da organização (Hungria, República Checa, Eslováquia, Uruguai, ilha Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia, Japão e Geórgia). (Angop)