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    Bancada Central: A ética que não mora no desporto

    A campanha para as eleições nas principais federações desportivas nacionais segue o seu curso normal, com os candidatos e respectivos coadjutores a desdobrarem-se em contactos com a população votante, a fim de obter os votos que os catapultarão aos “cadeirões” pleiteados. Os aspirantes à liderança do futebol, do basquetebol e do andebol estão na liça para os embates eleitorais que já se iniciaram com a caça ao voto.

    Como é da praxe, a generalidade dos candidatos esgrime os seus argumentos de razão junto dos eleitores, tentando convencê-los de que são efectivamente a melhor escolha. Alguns desses aspirantes são os mesmos que há quatro anos passaram pelos mesmos lugares e prometeram tudo e mais alguma coisa sem, entretanto, honrar a palavra empenhada. Mas voltam, desavergonhadamente, para pedir o voto de quem abandonaram durante longos quatro anos e para quem agora acenam novamente, com promessas renovadas. Muitas das quais não serão cumpridas como acontece vezes sem conta.

    Como é óbvio, isso só acontece com “candidatos de continuidade”. Durante os últimos quatro anos nada fizeram e até deixaram de atender chamadas telefónicas dos eleitores. Agora desdobram-se em ofertas para novamente pedir o voto. É óbvio que em campanha eleitoral isso é algo absolutamente normal. Mas no caso daqueles que simplesmente viraram as costas aos eleitores, é no mínimo imoral estarem agora a renovar promessas, acompanhadas de ofertas insultuosas. Quem esteve quatro anos à frente de uma federação sem nada fazer para os mais desfavorecidos, surgir agora com “material desportivo” é insultuoso. Em boa verdade, uma muda de equipamento ou duas bolas para um clube com 100 atletas pode ter outro nome, mas nunca “material desportivo” como pomposamente anunciam.

    Promessas são o principal ingrediente das campanhas eleitorais. Umas verdadeiras e exequíveis, outras nem tanto ou mesmo descaradamente intrujonas. Seja na política ou no desporto, em associações sócio-profissionais ou numa simples eleição para delegado de turma!… Os eleitores sabem disso. Ademais, outro traço comum em campanhas eleitorais do desporto são os ataques soezes, a tentativa de assassinato de carácter. Em muitos casos, o propalado “fair-play” muito caro aos dirigentes (?) desportivos é jogado sem rebuço no cesto de lixo. Nesse sentido, tem acontecido alguns episódios nada recomendáveis numa escola de virtudes como é o desporto. É claramente desrespeitoso alguém referir-se a um concorrente como “lunático”.

    A forma deselegante e arrogante como alguns concorrentes se referem a outros é de todo inaceitável. Deixam a clara impressão que são os “salvadores da pátria” desportiva; que são as figuras indicadas pelos Deuses do Olimpo para mandarem no desporto nacional; que ninguém mais tem capacidade para dirigir federações. Essa arrogância, porém, pode estar a esconder contas malfeitas ou buracos financeiros maiores que o da camada de Ozono. No fundo, há medo claro que o substituto haja em conformidade com a Lei e os entregue às autoridades judiciais. Muito por isso, além das tentativas de assassinatos de carácter e de desqualificação de programas alheios, apostam igualmente tudo para vencer de forma administrativa. Ou seja, por via da impugnação de Listas contrárias, muitas vezes invocando razões risíveis que só cabem mesmo na cabeças de “iluminadíssimos doutores”. Como aconteceu num processo eleitoral em que uma parte quis impugnar a contraparte por esta ter apresentado algumas cópias de Bilhete de Identidade a… preto e branco – os “chicos-esperto” diziam que as cópias tinham necessariamente que ser a cores! Isto sequer lembra ao Diabo!

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