Os serviços sanitários da província do Huambo diagnosticaram 130 novos casos de lepra, durante o primeiro semestre deste, revelou ontem o supervisor local do programa de luta contra a doença.
Aldane Caita Cacumba, também supervisor do programa de controlo da tuberculose, disse que a maior parte dos casos de lepra foi detectada, nos municípios do Mungo, Bailundo, Caála, Londuimbali, Longonjo e Huambo.
O técnico salientou que as leprosarias na província foram banidas, uma medida que visou pôr fim ao isolamento e à discriminação a que os pacientes com lepra eram vítimas da sociedade.
As leprosarias foram transformadas em centros de saúde, por incluírem o tratamento da doença dentro das unidades sanitárias de toda a província, e em locais de formação profissional. O tratamento, segundo o supervisor, pode durar entre oito meses a um ano.
Aldane Cacumba informou que a Direcção Provincial de Saúde, em parceria com a OMS, tem estado a distribuir gratuitamente medicamentos para combater a lepra em algumas unidades sanitárias da região, como forma de reduzir os índices da epidemia.
Por regra, um doente de lepra apresenta sinais, como manchas e bolhas de água na pele em espécie de queimaduras, mas que não lhe causam dores.
O tratamento da doença pode durar entre oito meses a um ano, disse o supervisor.
Redução da tuberculose
Em relação à tuberculose, a supervisora Aldane Caita Cacumba disse que durante os primeiros seis meses deste ano, foram registados, no Huambo, 1.301 casos, o que significa uma redução de 932 casos, comparativamente ao mesmo período do ano passado.
A redução dos casos de tuberculose deve-se, segundo o supervisor, à melhoria da prestação de assistência médica e medicamentosa aos doentes.
Embora a redução anime as autoridades sanitárias, Aldane Cacumba salientou que a fuga de doentes dos centros de tratamento e o descuido na administração da medicação tem vindo a preocupar os responsáveis do programa. A província do Huambo conta com unidades de diagnóstico e tratamento da tuberculose, nos municípios de Catchiungo, Mungo, Caála, Ucuma, Bailundo e dLonduimbali.
Fonte: Jornal de Angola