O programa de luta contra a Sida na província do Uíge registou, no primeiro semestre deste ano, 234 casos de pessoas infectadas pelo HIV-Sida, nos principais centros de testagem da região, revelou o coordenador provincial da instituição. José da Cunha Mayelano, que falava na cerimónia de encerramento do seminário de formação sobre o diagnóstico e tratamento da doença, promovido pelo Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, disse que, no ano passado, foram diagnosticados mais de 350 casos, facto que obrigou a Direcção Provincial de Saúde a redobrar esforços, com vista à inversão da situação, promovendo campanhas de senilização sobre os riscos de Sida nas escolas, igrejas e discotecas.
O chefe de departamento de Saúde Pública, Santos Governo, referiu que a realização do seminário permite o reforço da capacidade de resposta das unidades hospitalares municipais, sublinhando que o processo de actualização constante é uma obrigação para os técnicos.
Os participantes ao seminário manifestaram a sua disponibilidade para o combate à Sida e prometeram fazer tudo para que as pessoas tenham a informação e tratamento correcto, tendo solicitado ao Instituto Nacional de Luta Contra a Sida a promoção regular de seminários de qualificação.
Durante o seminário de seis dias foram abordadas várias matérias, como “O diagnóstico”, “formas de contágio e prevenção”, “a terapia retroviral” e “o corte de transmissão vertical”.
Para combater à doença, o Instituto Nacional de Luta Contra Sida tem 16 centros de aconselhamento e testagem na província do Uíge.
Situação estávele em Nharea
O Centro de Aconselhamento e Testagem Voluntária do VIH/Sida, no município de Nharea, notificou apenas um caso positivo da doença, no período de Janeiro a Julho deste ano.
O chefe da repartição municipal de Saúde de Nharea, Alberto Sacondombolo, disse ontem que, no primeiro semestre deste ano, 200 pessoas acorreram aos serviços de aconselhamento e testagem.
De acordo com o Alberto Sacondombolo o número de pessoas infectadas sofreu uma diminuição drástica, em comparação com os dados do ano passado. Mas a situação continua a preocupar as autoridades sanitárias locais.
O chefe da repartição de saúde salientou que as mulheres continuam a constituir o grupo que mais procurou os serviços de testagem e aconselhamento, principalmente as com idades compreendidas entre os 18 e 25 anos.
Alberto Sacondombolo considerou positiva a afluência da população ao Centro de Aconselhamento e Testagem Voluntária, a recepção e acatamento das mensagens de sensibilização sobre os perigos que a doença representa para a sociedade. E salientou a necessidade de se promoverem cada vez mais campanhas de sensibilização nas comunidades, para as pessoas aderirem aos testes voluntários de VIH-Sida, uma forma de impedir a propagação da doença.
Fonte: Jornal de Angola