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    Aumenta o medo da epidemia de ébola na RDC

    O ébola está a avançar a passos largos na República Democrática do Congo (RDC) e teme-se que se alastre a países vizinhos, inclusive para Angola. O Kivu do Sul é uma das províncias mais afectadas.

    Segundo avança a DW, os primeiros casos de ébola na província do Kivu do Sul foram registados na semana passada: uma mãe de 27 anos morreu e o seu filho foi infectado na localidade de Mwenga. Um terceiro paciente suspeito também está a ser examinado.

    O governador da província viajou esta segunda-feira (19.08) de helicóptero para a aldeia. O pânico está a instalar-se na região, confirma Nicolas Kyalangaliwa, morador de Bukavu.

    “Há ansiedade, não apenas na região de Bukavu, mas também em Mwenga e especialmente na região de Wendy. Muitas pessoas já tinham ouvido falar do ébola, mas quando se sentem ameaçadas de ser atingidas pessoalmente é pior: o medo aumenta claramente”, conta.

    A mulher que morreu em Mwenga tinha sido registada como “contacto de alto risco”, mas tinha escapado dos controlos médicos, após várias mudanças de identidade e várias viagens pelas cidades de Beni, Butembo, Goma, Bukavu e Mwenga.

    População desconfiada

    Noella Muliwavyo, representante de uma organização da sociedade civil na cidade de Beni, tenta explicar porque as populações desconfiam das equipas de enfermagem, fugindo muitas vezes aos controlos e aos conselhos das autoridades sanitárias.

    “A população entende que, entre as equipas sanitárias, há pessoas que não têm capacidade para tratar da doença. Há muitos preconceitos, apesar da maior parte das equipas estarem a trabalhar com muita competência e empenho. Isso cria barreiras entre a população e o pessoal de resposta”,

    As equipas de resposta continuam a realizar campanhas de esclarecimento. Medidas como lavar as mãos e os pés com água clorada nas entradas das residências e empresas tornaram-se muito comuns no leste da RDC.

    Também há campanhas de vacinação, mas não é fácil chegar aos territórios mais afastados dos hospitais provinciais. A província de Kivu do Sul faz fronteira com Ruanda, Burundi, a Tanzânia e também as províncias congolesas vizinhas de Maniema, Tanganica e Kivu do Norte.

    A doença já causou 1.905 mortes e 844 pessoas foram curadas, de acordo com os últimos números divulgados pelas autoridades.

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