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    Angola reafirma engajamento no Sahara Ocidental

    O vice-presidente da República, Bornito de Sousa, reafirmou o engajamento de Angola no apoio às iniciativas diplomáticas, para superar o impasse no diferendo do Sahara Ocidental, informa a Angop.

    Grande parte do território da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) encontra-se ocupada desde 1975 por Marrocos, em violação aos princípios do Acto Constitutivo da União Africana (UA).

    Ao intervir, nesta terça-feira, na Cimeira da SADC de solidariedade com o Sahara Ocidental, o vice-presidente de Angola vincou a necessidade de se concluir com urgência o processo de descolonização de África.

    Nessa perspectiva, Bornito de Sousa encorajou a adopção de um plano de acção da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), para atrair o envolvimento do Reino do Marrocos às autoridades legítimas representativas do povo do Sahara.

    A desejada aproximação entre Marrocos e autoridades saharauis tem em vista a implementação das resoluções e deliberações da ONU e da UA sobre o Sahara Ocidental.

    Durante a intervenção desta terça-feira em Pretória, Bornito de Sousa, que no evento representa o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, fez menção ao facto de a SADC ter celebrado, a 23 de Março, o Dia de Libertação da África Austral.

    Trata-se de uma data que assinala a batalha do Cuito Cuanavale, que culminou com a independência do Zimbabwe, da Namíbia, a libertação de Nelson Mandela e o fim do regime do Apartheid (regime de segregação racial) na África do Sul.

    Conhecedora e beneficiária da acção solidária da SADC, Angola não pode ficar indiferente à situação prevalecente no território da antiga colónia espanhola (Sahara Ocidental), referiu o Bornito de Sousa.

    Desde domingo na África do Sul, o vice-presidente da República afirmou que a violação da independência, soberania, unidade do Estado, democracia e do direito internacional deve preocupar as nações.

    Na sua alocução diante de representantes dos países membros da SADC, da RASD e convidados, Bornito de Sousa afirmou que o sonho de uma África independente, unida e solidária impulsionou os “pais das independências no continente” e valorosos combatentes.

    Entre os pais das independências no continente citou os líderes Oliver Tambo, Nelson Mandela, Walter Sisulu, Agostinho Neto, Nkwame Nkruma, Julius Nyerere, Jomo Kenyata, Gamal Abdel Nasser, Sam Nujoma e Samora Machel.

    Considerou fundamental que a SADC junte a sua voz às iniciativas do Conselho de Segurança da ONU e aos esforços da UA, para a autodeterminação ao povo do Sahara Ocidental de modo pacífico e com a observância do direito internacional e do respeito da santidade das fronteiras herdadas do período colonial.

    Na ocasião, o vice-presidente expressou solidariedade com os povos e governos das repúblicas de Moçambique, Zimbabwe e Malawi, afectadas pelos efeitos do ciclone IDAI.

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