Cem milhões de dólares foram poupados pelo Estado angolano, na importação de açúcar e etanol, em 2021, com a produção de 120 mil toneladas e 18 mil metros cúbicos dos referidos produtos, pela Companhia de Bioenergia de Angola (BIOCOM).
Comparativamente ao ano de 2020, os valores economizados representam um aumento de 20 por cento, revelou terça-feira, o director de planeamento da BIOCOM, Elton Machado, adiantando que os referidos números traduzem a estratégia do Executivo, virada para o aumento da produção interna e redução da importação dos referidos produtos.
Recordou que o país consome, actualmente, mais de 300 mil toneladas de açúcar/ano, sendo que a BIOCOM contribui com 40 por cento da necessidade interna, prevendo-se elevar a quota para 50 por cento no ano em curso.
A BIOCOM é a primeira empresa do país a produzir e a comercializar açúcar, etanol e energia eléctrica, a partir da biomassa.
O empreendimento está instalado no Pólo Agro-Industrial de Capanda, na comuna de Pungo-andongo, município de Cacuso (província de Malanje), numa área de 81 mil 201 hectares, dos quais 70 mil 106 estão destinados a agricultura e 11 mil e 95 a preservação permanente da vegetação nativa.
Até 2025, ano em que se perspectiva a maturidade do projecto, a produção vai rondar as 250 mil toneladas de açúcar, 36 mil metros cúbicos de etanol e 135 mil megawatts de energia/hora.
