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    Analistas angolanos falam em retrocesso da liberdade de imprensa na limitação e escolha de órgãos de comunicação

    O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, concedeu hoje, esta quinta-feira 6 de Janeiro, uma conferência de imprensa a cinco órgãos de comunicação social. A restrição e selecção dos órgãos de comunicação social pela Presidência da República é apontada por alguns analistas angolanos como um entrave à liberdade de imprensa.

    Segundo a informação tornada pública no final dessa terça-feira, 04 de Janeiro, na página oficial da Presidência da República, o executivo explica que a Conferência de imprensa, por sinal, a segunda dessa dimensão durante o mandato do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço visou retomar uma iniciativa presidencial inaugurada em Janeiro de 2018, nos Jardins do Palácio Presidencial, no primeiro encontro entre o Chefe de Estado e a imprensa, que esteve representada por um número considerável de jornalistas, entre eles, até aqueles tidos como os da oposição, nomeadamente, a Rádio Despertar que dessa vez, viu-se excluída da selecção numa altura que muitos órgãos tidos como aqueles que mais criticam o executivo não foram chamados a integrar a lista dos “escolhidos”.

    O jornalista Ilídio Manuel, ouvido pelo Portal de Angola disse que a conferência de imprensa deveria ser aberta e extensiva a mais órgãos de comunicação social.

    Em relação ao que espera ouvir, Ilídio Manuel deixou algumas dicas que podem ser também expectativas de muitos angolanos.

    O jornalista João Marcos, corresponde da Voz da América em Benguela também deixou a sua opinião em relação a essa conferência de imprensa que marca a abertura de João Lourenço com a imprensa.

    O jornalista William Tonet, director do Jornal Folha 8 disse que a selecção feita pela Presidência da República demonstra claramente que estamos num País sem liberdade de imprensa e restrição nas demais liberdades.

    Fernando Guelengue, jornalista e palestrante em vídeo enviado à Camunda News disse que esse facto representa um retrocesso na qualidade da relação entre a presidência da República e os jornalistas.

    Entretanto, o coordenador do Observatório Eleitoral Angolano, Luís Jimbo, garantiu que esta aproximação entre o Presidente da república e os órgãos de comunicação social faz parte de um programa definido pelo Presidente da República.

    De referir que desta vez, a Presidência da República seleccionou apenas cinco órgãos para participar da conferência de imprensa e colocar questões directas ao Presidente da República, sendo que outros meios de imprensa o farão em ocasiões futuras.

    Os órgãos seleccionados pela Presidência da República, segundo apurou a Camunda News, são a TV Zimbo, o jornal Expansão, a agência de notícias Lusa, o Jornal de Angola e o jornal O País.

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