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    Ajudar Moçambique: “A vontade política está lá”

    A União Europeia considera o envio de uma missão de treino militar para Moçambique, onde já estão especialistas portugueses

    O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) confirmou o envio de uma missão de apoio a Moçambique que acontecerá “tão rapidamente quanto possível”, pois a situação em Cabo Delgado exige um sentido de urgência que nem sempre existe.

    “O Governo de Moçambique tem vindo a pedir ajuda, vamos tentar enviar uma missão de treino… a fim de conter a situação de segurança”, disse Josep Borrell, no final de uma reunião dos ministros da Defesa do bloco comunitário nesta quinta-feira, 6, em que a ajuda a Moçambique esteve na agenda.

    Questionado se uma força poderia ser enviada até ao final deste ano, Borrell afirmou que esse horizonte temporal era demasiado longo e que a UE deveria agir mais cedo.

    “Se não formos capazes de enviar a missão até ao final deste ano, eu não consideraria isto como um bom resultado. Espero que o façamos antes”, respondeu Borrell na conferência de imprensa.

    O Governo de Moçambique tem enfrentado uma insurreição islamista desde 2017 e os rebeldes intensificaram os ataques no ano passado, ameaçando projectos de gás natural que visam transformar a economia do país.

    Moçambique escreveu à UE no ano passado para pedir ajuda no treino das suas forças armadas para combater a insurreição e Borrell disse que era importante que o bloco se decidisse rapidamente.

    O chefe da diplomacia europeia acrescentou que qualquer missão seria semelhante ao envolvimento da UE na região do Sahel, na África Ocidental, onde os seus peritos fornecem formação e aconselhamento às forças de segurança nacionais que se debatem com as insurreições islamistas.

    A ajuda de Portugal

    “Portugal já ofereceu metade do pessoal e enviou instrutores militares, mas isso tem de ser considerado como um avanço a ser integrado numa missão de treino da União Europeia se finalmente estivermos de acordo”, afirmou Borell, para quem “a vontade política está lá”.

    Por seu lado, o ministro da defesa de Portugal João Gomes Cravinho precisou que “o que está a ser pensado não é uma missão executiva”, ou seja, “não é uma missão que assume funções soberanas, é uma missão não executiva dedicada essencialmente à formação de forças especiais moçambicanas”.

    Desde 2007, a UE tem em stand-by grupos de combate de 1.500 pessoas que podem ser destacados por até 120 dias, mas nunca foram utilizados.

    A UE está também a estudar a criação de uma força de resposta rápida de cerca de 5.000 soldados para intervir em crises internacionais, embora os planos se encontrem apenas numa fase conceptual e não estejam prontos para apoiar Moçambique.

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