O governo grego espera viver «um inferno» até junho de 2014 nas negociações com os credores internacionais, confessou hoje o ministro das Finanças Yannis Stournaras ao semanário To Vima.
«Até junho, vai ser um inferno. Tudo será analisado e julgado com nossos credores”, disse Stournaras na entrevista, citada pela agência France Presse, num dia em que os jornais gregos deram grande destaque a estas preocupações, que descrevem a Grécia como um “refém” no “jogo» entre ‘troika’ (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu).
O diário popular centro-esquerda diária Ethnos, por exemplo, titula: «chantagem da ‘troika’ para um novo memorando».
Atenas e os seus credores internacionais diferem na questão da extensão das necessidades de financiamento da Grécia até 2016, bem como na forma de as preencher.
Estas necessidades dizem respeito a um «buraco financeiro», relacionadas com os reembolsos de empréstimos do governo, e a um «buraco orçamental», que diz respeito à relação entre receitas e despesas públicas nas estimativas orçamentais de médio prazo. (tsf.pt)