Soyo – A Psicóloga angolana, Ilda Monteiro, apelou hoje, quinta-feira, na cidade do Soyo, Província do Zaire, a sociedade a abster-se do estigma e da discriminação e prestar mais solidariedade aos portadores do HIV/Sida.
Ilda Monteiro fez este apelo quando dissertava o tema sobre “ discriminação de portadores do HIV/Sida em locais de Serviço”, numa palestra promovida por duas empresas de prestação de serviço e construção civil que operam no município.
Para a especialista, os responsáveis das empresas devem ser os primeiros a incutirem nos seus funcionários a necessidade do respeito aos colegas seropositivos.
Condenou, na ocasião, o comportamento de certos segmentos da sociedade civil que estigmatizam pessoas que vivem com o vírus do HIV/Sida.
Segundo a prelectora, a descriminação inibe certos indivíduos infectados com esta doença a trabalhar, estudar e buscar assistência nas unidades sanitárias com receio de serem estigmatizados e discriminados por pessoas preconceituosas.
Referiu que anteriormente a doença era vista como uma catástrofe e as pessoas infectadas eram rejeitadas, uma realidade revertida com o tratamento disponível que retarda a evolução da doença na pessoa infectada, conferindo-a uma longa vida.
Entretanto, Ilda Monteiro aconselhou as autoridades sanitárias da região e outras instituições a prosseguirem com as campanhas de sensibilização da sociedade em torno desta enfermidade com vista a combater o estigma e a discriminação.
“É importante realizarmos campanhas massivas de educação da população sobre o HIV/Sida em todas as comunidades, que passam pela sensibilização da população contra a discriminação e para a promoção de acções de testagem voluntária, assim como a realização de feiras de aconselhamento”, sublinhou.
Dados do sector da saúde no município, a que à Angop teve acesso, revelam que no primeiro semestre deste ano foram registados no Soyo quatro óbitos por HIV/Sida e 180 novos casos de Hiv-Sida, num universo de dois mil e 500 indivíduos testados. (portalangop.co.ao)