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    Vice-Presidente da República considera que dois médicos por 10 mil habitantes é “manifestamente insuficiente”

    Angola tem, em média, cerca de dois médicos por cada 10 mil habitantes e um médico para cada um dos 164 municípios, o que é “manifestamente insuficiente”, considerou hoje em Luanda o vice-Presidente da República, Manuel Vicente.

    A informação foi dada na intervenção proferida durante a cerimónia de abertura dos trabalhos da 62.ª sessão do Comité Regional Africano da Organização Mundial de Saúde (OMS).

    Segundo Manuel Vicente, o Governo angolano pretende executar um “ambicioso Plano Nacional de Formação de Quadros para o período 2013/2020”, que permitirá ultrapassar a atual falta de médicos.

    “Deste modo, temos recorrido à contratação de médicos especialistas estrangeiros para nos ajudar a garantir a assistência médica às populações”, salientou o vice-Presidente angolano.

    Depois da independência, em 1975, Angola investiu na construção de cinco novas faculdades de medicina e de uma escola técnica em cada uma das suas 18 províncias.

    O governante angolano asseverou que a redução da mortalidade materna e infantil constituem uma prioridade nacional do executivo, frisando que os últimos estudos e estimativas apontam para uma redução de ambos os indicadores.

    “Em todos os municípios realizámos grandes investimentos na prestação de serviços obstétricos, neonatais e infantis, respondendo assim à estratégia mundial das Nações Unidas para a saúde das mulheres e das crianças”, destacou Manuel Vicente.

    O vice-Presidente angolano regozijou-se com os resultados obtidos por Angola na erradicação da poliomielite, concluindo que é possível o continente africano acabar com esta doença “com determinação”.

    Angola não regista casos de poliomielite há mais de 14 meses.

    Relativamente à sida, Manuel Vicente manifestou-se igualmente satisfeito com os resultados alcançados, salientando que a prevalência de 1,9% se tem mantido estável há sete anos e é a mais baixa na região austral do continente africano.

    Depois da prioridade dada ao controlo e prevenção das doenças transmissíveis, evitáveis pela imunização e doenças negligenciadas, o Governo estenderá agora a sua atenção às doenças não-transmissíveis, a violência e traumatismos, pelo aumento da sua incidência e pelo seu impacto negativo para a sociedade e economia nacionais.

    No final da intervenção, Manuel Vicente reconheceu que existe ainda “um longo caminho” a percorrer para se assegurar a cobertura universal dos serviços essenciais de saúde às populações, tendo em conta a procura crescente, resultante essencialmente do aumento demográfico.

    Estima-se que Angola tenha cerca de 18 milhões de habitantes.

    Os trabalhos do Comité Regional da OMS terminam na sexta-feira e estão presentes os ministros da saúde ou representantes dos 46 países que integram este órgão.

    FONTE: Lusa

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