O vice-presidente da República de Angola, Manuel Vicente, afirmou hoje, segunda- feira, que a construção de uma sociedade democrática , inclusiva, de progresso, bem-estar e justiça social passa pela consolidação de um sistema eficiente de saúde.
Falando no acto de abertura da 62ª Sessão do Comité Regional da OMS para África (OMS/Afro), sublinhou que, por isso , o direito à saúde merece nos países africanos uma consagração constitucional que se materializa e progride em condições de paz e estabilidade política e social, sendo as premissas essenciais para a sua concretização.
“Não é de estranhar que a saúde se perfile claramente entre as principais preocupações dos governos que dedicam a sua atenção e recursos na manutenção de programas e estratégias com vista a alcançar progressos no domínio da saúde pública e do saneamento do meio ambiente”, frisou.
O vice-presidente fez lembrar o compromisso que os países africanos assumiram em prol da saúde no âmbito das nações unidas, da União Africana, da SADC e da CPLP, reconhecendo que os progressos alcançados são ainda insuficientes para se atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em 2015.
O governante sublinhou a necessidade de se preseverar por forma a aumentar com qualidade e equidade o acesso universal aos serviços integrados de saúde, de todos os cidadãos, sem excepção , ao longo do seu ciclo de vida.
Os sistemas de saúde precisam se tornar mais sólidos e voltados para a promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento com uma visão holística , correspondendo as expectativas e exigências das populações.
Nesta senda, Manuel Vicente apontou que a redução acelerada da mortalidade materna e infantil, prevenção e controlo das doenças transmissíveis e das não transmissíveis, negligencias e a resposta rápida a situações de catástrofes e as epidemias estão intimamente ligados ao reforço do sistema de saúde, assim como as intersectoriais no domínio do abastecimento de água potável, energia, saneamento, segurança alimentar, educação, entre outros.
O vice-presidente pediu que se reitere que o desenvolvimento sustentável do continente africano passa pela resolução dos principais problemas da saúde que afligem as populações, através de soluções estruturantes e consistentes, nas quais as pessoas devem estar no centro das preocupações.
FONTE: Angop