O administrador da Vila de Muanda, província do Baixo Congo, na RDC, Roger Mbala Kupa, reafirmou nesta terça-feira a excelência das relações entre os dois países, apesar do incidente registado no Posto Consular de Angola naquela região.
Em declarações à Angop, em reacção ao acto de vandalismo a que foi sujeito, a 17 de Junho último, o edifício do Posto Consular de Angola naquela Vila, Roger Mbala Kupa confirmou a detenção de alguns dos envolvidos no que considerou “triste episódio”.
Foi uma situação triste, sublinhou o administrador da Vila congolesa de Muanda, contactado por telefone pela Angop.
Na ocasião, um grupo de jovens locais, que se fazia transportar num camião e em motorizadas, irrompeu pelas instalações consulares de Angola na Vila de Muanda, província do Baixo Congo (RDC), tendo quebrado vidros e o tecto, arrancado as câmaras de vigilância e colocado fogo no exterior do edifício.
A acção foi em “retaliação” à apreensão, pelas autoridades angolanas, de canoas, artefactos e embarcações de pesca de nacionais do país vizinho, que ilegalmente exerciam a actividade piscatória em águas territoriais angolanas, saídos da foz do rio Congo.
Segundo Mbala Kupa, as autoridades de Defesa e Segurança da Vila não permitirão jamais actos do género, que manchem as boas relações entre Angola e a República Democratica do Congo (RDC).
Apelou às autoridades angolanas, fundamentalmente, do município de Soyo, província do Zaire, para a solução negociada do problema, que passa pela devolução das embarcações aos seus proprietários.
O vice-cônsul e chefe do Posto Consular de Angola no Muanda, Felisberto Dias Cuchiquila Zua, disse à Angop que durante a acção, os revoltados mantiveram-no refém no edifício onde, também, reside.
O diplomata afirmou que, após a intervenção das autoridades congolesas, a situação manteve-se calma.
Angola e a RDC partilham 2.500 quilómetros de fronteira terrestre. O rio Congo, principal “corredor fluvial” da RDC, desagua no Oceano Atlântico, na região correspondente a província angolana do Zaire.