
O secretário-geral da União Nacional de Artistas Plásticos (UNAP), Basto Galiano, prometeu, ontem, em Luanda apoiar a família do escultor António Magina e lamentou a sua morte no sábado, vítima de doença, em Lisboa.
Basto Galiano sublinhou que todo o apoio vai ser dado à família do escultor. “A UNAP, Como sempre, a UNAP não fica indiferente nestas ocasiões. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para dar o melhor tratamento ao assunto”.
Na sua opinião, o escultor foi um dos poucos artistas plásticos que se interessou pela técnica de esculpir pedra e tendo em conta que existem poucos escultores, há a necessidade de se criarem oficinas para os jovens desenvolverem e praticaram diferentes técnicas de escultura.
“Queremos continuar a incentivar os jovens a darem continuidade ao legado que o artista nos deixou”, disse, apontando a necessidade de serem abertas oficinas de escultura, “porque nas escolas são dados os primeiros passos de teoria das artes. Neste momento só temos a oficina de gravura aberta”.
O responsável pela UNAP adiantou que ainda este ano vai chegar ao país material para os artistas plásticos, os criadores vão poder melhorar a qualidade dos seus trabalhos. Existem mudanças nas representações internacionais que eram mais com artistas de Luanda. O cenário mudou e “a presença de António Magina em Portugal era uma das provas de que há qualidade nos trabalhos de artistas do interior do país”.
A obra de António Magina insere-se nas novas correntes contemporâneas africanas. Marcou presença, recentemente, na II Bienal de Cultura da Malaposta, em Lisboa, da qual fizeram parte obras de autores do Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Goa e Macau.
Em Lisboa onde vivia desde 1991, frequentou o Curso de Tecnologia de Escultura em Pedra no Centro Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro, nos arredores da capital portuguesa.
Manuel Albano
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Paulino Damião