
A poucas horas do Conselho Europeu da zona do euro, a chanceler alemã Angela Merkel declarou, em um discurso no parlamento, que um dos objetivos da reunião será encontrar uma solução para que a dívida pública da Grécia não ultrapasse 120% do PIB até 2020. A chanceler também revelou que uma maior participação do FMI deverá ser analisada na reunião de hoje.
Durante um discurso no Bundestag, o parlamento alemão, a chanceler Angela Merkel declarou que o relatório da troika, o grupo que reúne representantes do FMI, do BCE, o Banco Central Europeu e da União Europeia, mostam que a Grécia tem um ‘caminho longo e difícil’ pela frente. A possibilidade de uma maior participação do Fundo Monetário Internacional também será analisada, segundo a chanceler. De acordo com Merkel, as garantias totais de 211 bilhões de euros, equivalente à contribuição da Alemanha para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira, não serão modificadas.
A chanceler também destacou que as todas as decisões adotadas pela Cúpula sobre o Fundo, que podem incluir uma extensão dos recursos para países em dificuldade financeira, serão novamente discutidas pelos integrantes da zona do euro. Ela também voltou a defender uma modificação dos tratados europeus, o que possibilitaria, por exemplo, que os países que não respeitassem as regras orçamentárias possam ser levados à Corte Europeia de Justiça. As duas ideias já haviam sido defendidas pela chanceler e o presidente francês Nicolas Sarkozy.
Merkel ainda anunciou que defenderá durante a Cúpula do G-20, uma taxa sobre as transações financeiras, e que as questões envolvendo o papel do Banco Central Europeu não serão discutidas nesta quarta-feira. Além disso, segundo ela, o setor privado poderá contribuir para a estabilização da economia do bloco.
Taíssa Stivanin
Fonte: RFI
Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch