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    Um português entre os mortos em explosões no Sri Lanka

    A cônsul de Portugal em Colombo, Preenie Pine, disse hoje à Lusa, citada pela TVI24, que existe um português entre as vítimas mortais das explosões que ocorreram em três igrejas e três hotéis no Sri Lanka.

    De acordo com a cônsul há mais portugueses no país, mas “estão todos bem”, acrescentando que está a dar apoio à mulher da vítima que se encontravam num dos hotéis afectados pelas explosões em Lua de mel.

    A capital do Sri Lanka, Colombo, foi alvo de, pelo menos, quatro explosões este domingo, em três hotéis de luxo e um igreja. Houve ainda outras três explosões fora da capital, duas em igrejas e uma num pequeno hotel nos subúrbios, junto ao jardim zoológico. A cônsul de Portugal em Colombo, Preenie Pine, confirmou que existe um português entre as vítimas mortais.

    Além das da capital, as duas outras igrejas que foram alvo de explosões ficam em em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e numa região ao leste do país. O hotel dos subúrbios fica em Dehiwala.

    No mais recente balanço, fonte policial avançou à agência de notícias francesa France Presse que as autoridades já registaram 156 mortos, entre os quais 35 estrangeiros, e mais de 400 feridos.

    Em declarações à Lusa via telefone, a cônsul avançou que entre as vítimas está “um jovem português, com idade que ronda os 30 anos”, que se encontrava num dos hotéis atingidos por uma das seis explosões que ocorreram este domingo no Sri Lanka.

    De acordo com a cônsul há mais portugueses no país, mas “estão todos bem”, acrescentando que está a dar apoio à mulher da vítima.

    “É um dia muito triste, estamos chocados”, adiantou.

    As explosões ocorreram “quase em simultâneo”, pelas 8:45 (3:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais. Os atentados não foram ainda reivindicados.

    Os hotéis de luxo onde se registaram as explosões são o Kingsbury Hotel, o Shangri-La e o Cinnamon Grand Colombo, todos na capital.

    O Ministério da Educação anunciou o encerramento de todas as escolas do país na segunda e terça-feira.

    Também o primeiro ministro do país, Ranil Wickremesinghe, liderou uma reunião de emergência com altos cargos das forças de segurança e outros membros do governo, entre eles o ministro para as Reformas Económicas e a Distribuição Pública, Harsha de Silva.

    Imagens difundidas pelos meios de comunicação locais mostram a magnitude da explosão pelo menos em uma das igrejas, com o tecto do templo semidestruído, escombros e corpos espalhados enquanto muitas pessoas os tentam socorrer.

    Em reacção às sucessivas explosões, o governo decidiu ordenar recolher obrigatório, decretando estado de alarme no país. O governo deitou abaixo, como medida de prevenção, o acesso a redes sociais.

    Os fiéis católicos celebram o Domingo de Ressurreição, o dia mais importante entre os rituais da Semana Santa.

    Secretário de Estado lamenta morte de português
    O secretário de Estado das Comunidades lamentou a morte de um cidadão português nas explosões, avançando que estão a tentar contactar os portugueses que se encontram no país, embora não haja conhecimento de mais vítimas.

    Em declarações à Lusa ao telefone, José Luís Carneiro, disse já ter falado com a esposa do português que faleceu no Sri Lanka, a quem transmitiu uma mensagem de condolências e deixou os contactos para prestar “o apoio devido e indispensável nesta altura”.

    “Tivemos conhecimento [da existência destes portugueses] porque foi a sua família que contactou o gabinete de emergência consular”, disse José Luís Carneiro, adiantando que o gabinete teve ainda o contacto de outros familiares dando conta de que tinha também lá uma família de quatro elementos, mas “felizmente esses encontram-se bem”.

    De acordo com o secretário de Estado das Comunidades, existem 10 portugueses com residência inscrita na embaixada de Portugal em Nova Deli, e até agora os únicos contactos que o gabinete de emergência teve foi das duas famílias cujos familiares estavam em turismo na ilha.

    “Para já não temos quaisquer informações que suscitem preocupação. O que ocorre nestes casos é o contacto das famílias com o gabinete de emergência consular. Estamos a fazer uma despistagem para procurar contactar as famílias que estão inscritas no serviço consular de Nova Deli”, disse.

    José Luís Carneiro frisou ainda que, “para já, não há indícios de outros portugueses vítimas destes acontecimentos tão horríveis e lamentáveis”.

    O secretário de Estado das Comunidades acrescentou também que as autoridades portuguesas “vão continuar a acompanhar e a manter abertos os canais de comunicação directos quer na Embaixada de Portugal em Nova Deli, quer da cônsul honorária no Sri Lanka”.

    “Todos os serviços estão activados”, disse.

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