O Tribunal penal internacional pretende julgar figuras do antigo regime de Kadhafi, como o filho do coronel, agora detido, ou o ex chefe dos serviços de informação. Por seu lado Tripoli pretende também realizar estes julgamentos no seu território. Várias organizações não governamentais, como a Human Rights Watch apelaram a que Tripoli entregue os referidos responsáveis ao Tribunal de Haia.
O primeiro-ministro líbio Abdel Rahim al Kib prometeu para esta terça-feira o anúncio do seu novo governo.
Kib, numa conferência de imprensa conjunta com Susan Rice, embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações Unidas, referiu-se também a Saif al Islam Kadhafi, filho do coronel Kadhafi, capturado na noite de sexta para sábado alegando que este estava “em boas mãos”.
De acordo com o primeiro-ministro líbio o tratamento de que ele usufruiu é centenas de vezes melhor do que aquele que o ex guia reservava ao povo da Líbia.
No entanto o destino reservado a Saif al Islam e ao antigo chefe dos serviços de informação, nomeadamente, preocupa várias organizações de direitos humanos como a organização não governamental Human Rights Watch.
Jean-Marie Fardeau, director do escritório parisiense desta ong, apela a que eles sejam transferidos ambos para Tripoli e, depois, para Haia, sede do Tribunal penal internacional, para serem julgados por este órgão.
Luis Moreno Ocampo, o procurador do TPI, pretende, assim, deslocar-se em breve a Tripoli.
Miguel Martins
Fonte: RFI
Foto: Reuters