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    Teoria sobre Shakespeare promete grande polémica

    Imagem da produção do realizador alemão Roland Emerich que traz uma das teorias mais populares da possível “fraude” do autor inglês

    A polémica sobre a verdadeira paternidade da obra de William Shakespeare é mostrada por Roland Emerich no filme “Anónimo”, que explora uma teoria de que o verdadeiro autor dos escritos shakespearianos foi o escritor e poeta Eduardo de Vere, o 17º conde de Oxford, informou ontem a Reuters.
    “Ser ou não ser William Shakespeare, eis a questão deste filme, que explora as teses mais conspirativas e mais enrodilhadas sobre este conceituado autor britânico, menos a mais óbvia: a de que ele era um génio”, explicou o cineasta alemão.
    O filme, que estreia este fim-de-semana, é daqueles que defendem teorias surpreendentes. Em “Anónimo”, Roland Emmerich, conhecido por produções como “O dia da Independência” e “O dia depois de amanhã”, tenta, com uma imensa insistência, fazer-nos crer que Shakespeare foi, afinal, um bêbado indigente, actor dissoluto, analfabeto funcional, incapaz de escrever uma vogal, quanto mais 37 peças e 154 sonetos.
    Ao longo do filme, o realizador levanta várias suspeitas que levam o público a crer na veracidade da produção. “William Shakespeare não deixou nenhum manuscrito. No seu famoso testamento apenas cedeu uma cama à viúva. A outra questão que se levanta é a de saber como é que um plebeu, filho de um luveiro iletrado de Stratford, sem acesso à doutrinação nobiliária da época, sem estudos de esgrima, falcoaria, astronomia, história, ou literatura, podia ter tamanha erudição e fazer pensamentos tão profundos? É deveras estranho”, vaticinou.
    “Anónimo”, considerado pelo próprio cineasta como uma ficção histórica, não levanta só a “dúvida razoável” como tenta persuadir o público a aderir a esta teoria.
    “É um filme que envolve intriga, traição, cabeças a rolar no cadafalso, as catacumbas da torre de Londres, um cortejo fúnebre sobre um Tamisa gelado, a Tower Bridge a arder, o Conde de Oxford com uma reputação a defender, uma refinada história de bastardos e incesto, e claro, a rainha Elisabeth”, contou.
    Mesmo com anacronismos e erros factuais, os críticos esperam mais por exigências do guião do que por lapso de investigação. “É muito envolvente o reconhecimento das peças, dos ambientes, em particular a reconstituição do Globe Theatre”, realçam os especialistas.

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: AFP

     

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