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    Carência de salas cria escassez de grupos

    Encenadores e actores estão preocupados com a inexistência de locais adequados

    O responsável do grupo “Arte Kissonde”, Domingos Fernando Caieie, disse ontem que a falta de salas de exibição de peças está a contribuir para o desaparecimento de grupos de artes cénicas na província do Moxico, sobretudo, na cidade do Luena.
    O encenador, em declarações à Angop, disse que dos 16 grupos existentes na província, apenas três exibem peças, não regularmente, devido a dificuldades de ordem financeira e espaço adequado para as artes dramáticas, “Arte Kissonde”, “Árvore que dá fruto” e “Enxame de Abelhas”.
    Domingos Fernando Caieie disse que se as estruturas competentes reparassem e modernizassem as oitos salas existentes na região era um incentivo para o desenvolvimento do teatro na província.
    Caieie defendeu a inclusão do teatro no currículo escolar, principalmente, nas classes iniciais como forma de criar nas crianças o gosto pelas artes cénicas.
    O encenador disse que o teatro é uma maneira útil de passar a mensagem à juventude e não só e é um meio essencial para o resgate dos valores morais e cívicos.
    Domingos Caieie defende também a criação de uma associação provincial de grupos ligados ao teatro e a formação dos actores dos grupos existentes na província.  Isaías João Carlos, administrador do grupo teatral “Árvore que dá fruto”, disse ser importante o contributo da direcção da Cultura no que toca à formação e criação de condições técnicas para se fazer teatro com qualidade.
    Afirmou que por causa destes constrangimentos, os grupos actuam em actos em que são convidados a exibir uma peça comunitária ao invés de convencional, por acarretar mais custos. O responsável solicitou à classe empresarial e organizações filantrópicas a investirem na cultura, com a recuperação dos imóveis culturais que se encontram em abandono.

    O Cine Teatro-Luena é o único local em condições aceitáveis para o efeito, mas por falta de meios financeiros os grupos não têm acesso, pois a sua recuperação foi por iniciativa privada e o Cine Ferrovia está em estado avançado de degradação.  O núcleo “Arte Kissonde”, apesar destes constrangimentos, já representou a província do Moxico por três vezes em festivais nacionais de teatro.

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: Paulino Damião

     

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