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    Tecnoforma vai processar Poiares Maduro e Pacheco Pereira

    (Eduardo Martins)
    (Eduardo Martins)

    Empresa vai ainda processar Pacheco Pereira e Ana Gomes. “Não me intimidam”, diz eurodeputada.

    Nas últimas semanas, a Tecnoforma já tinha anunciado que iria processar um membro do governo e ontem revelou que o ministro em causa é Poiares Maduro. Em comunicado, os administradores da empresa, Sérgio Porfírio e Manuel Castro, revelaram ainda que vão agir judicialmente contra o ex-deputado do PSD Pacheco Pereira, a eurodeputada socialista Ana Gomes e os jornalistas José António Cerejo e Clara Ferreira Alves. Serão ainda alvo de processos o jornal “Público” e a Impresa Publishing.

    A empresa, na qual o primeiro-ministro trabalhou entre 2001 e 2007, justifica os processos com as “declarações proferidas publicamente” e que lesaram “o seu bom nome, prestígio e credibilidade”. A intenção de avançar para tribunal contra comentadores e jornalistas já tinha sido manifestada pelo advogado da Tecnoforma, Cristóvão Carvalho, com o argumento de que são os responsáveis pela criação de um “monstro que gerou uma grande confusão”.

    O ministro Poiares Maduro optou por não reagir ao anúncio feito pela Tecnoforma. De acordo com o “Sol”, o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional não sabe sequer que declarações estão na origem da acção que a empresa vai interpor.

    Ana Gomes, numa publicação dos deputados socialistas no Parlamento Europeu, garantiu que está “curiosa sobre como vão os homens da Tecnoforma sustentar tal acção” e diz esperar que “o façam mesmo”. A eurodeputada acrescentou: “Não me iludo. Acções judiciais como a ameaçada pelos homens da Tecnoforma […] têm um único objectivo: intimidar e silenciar quem incomoda por expor práticas corruptas e lesivas do interesse público, quem ousa exigir que se investigue e puna os abusadores dos poderes do Estado em favor de interesses privados. Pois não me intimidam”, escreve Ana Gomes.

    O chamado caso Tecnoforma foi noticiado em 2012 pelo “Público”. Em causa estavam alegados favorecimentos – entre 2002 e 2004 – de Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, a esta empresa, de que Passos Coelho era consultor. (ionline.pt)

    por Luís Claro

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