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    Suspeito de raptos ouvido por juiz em Moçambique

    A polícia moçambicana confirmou, esta terça-feira (05.01), a detenção em Itália e posterior extradição de um moçambicano supostamente envolvido na onda de raptos que abala o país desde 2011.

    O porta-voz do Comando-Geral da Polícia, Inácio Dina, revelou que o suspeito compareceu perante o juiz de instrução criminal na segunda-feira (04.01).

    “Este é um exercício que se enquadra no esclarecimento de casos de rapto. Já existe um número considerável de cidadãos indiciados que foram julgados e condenados”, afirmou.

    Inácio Dina disse esperar que “as audições que estão a decorrer agora tragam elementos bastantes que ajudem ao esclarecimento da onda de raptos”.

    Cooperação internacional entre polícias

    O indivíduo suspeito, identificado como Danish Satar, tinha sido detido em Maputo em 2012, indiciado de envolvimento na onda de raptos, mas foi libertado dias depois por um juiz que alegou insuficiência de provas. Posteriormente, Satar abandonou o país:

    “Foi-lhe admitido que aguardasse o decurso do processo fora da prisão. E devia apresentar-se de forma continuada ao tribunal. Não obedecendo, deixou o país”, sendo, por isso, considerado pela polícia como foragido.

    Segundo Inácio Dina, “felizmente, mesmo não havendo acordo de extradição entre Moçambique e Itália, foi possível, por via da cooperação, trazer este cidadão para o país, para que continuasse a ser ouvido no processo em que estava sendo acusado.”

    A extradição de Danish Satar para a capital moçambicana, na semana passada, aconteceu quase um mês depois do ministro do Interior, Basílio Monteiro, ter dito (a 08.12) que a polícia já tinha pistas para deter os mandantes da onda de sequestros que assola o país desde 2011. Monteiro adiantou, na altura, que um dos mandantes estaria em Maputo dentro de dias.

    Moçambicanos detidos na posse de milhões de euros na África do Sul

    Entretanto, num caso separado, dois cidadãos moçambicanos estão a contas com a polícia sul-africana, após terem sido detidos, a 25 de dezembro, na posse de milhões de euros, dólares e randes.

    O porta-voz da polícia moçambicana, Inácio Dina, disse que a sua corporação não tem a indicação de envolvimento de mais pessoas no caso, mas admite a possibilidade de que isso venha a acontecer.

    A legalização da prisão dos detidos foi adiada esta terça-feira (05.01) para o próximo dia 12, a pedido do Ministério Público sul-africano, que solicitou mais tempo para investigar o caso. (DW)

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