O Sindicado Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA) está a trabalhar junto das instituições bancárias, com vista a uniformização, ainda este ano, do salário base dos funcionários bancários a nível do país, de acordo com o seu vice-presidente, Filipe Makengo Segundo.
Sem avançar o valor a ser fixado no mercado bancário, Filipe Makengo referiu que estudos avançados já foram feitos, faltando apenas a revisão do acordo colectivo.
Em declarações, nesta sexta-feira, à margem da apresentação do projecto intitulado “SNEBA, Sempre a Pensar em Si”, o responsável disse que a apesar da diferença existente entre as instituições bancárias, no que toca no poder de arrecadação e capacidade de liquidez, pretende-se, mesmo assim, uniformizar o salário mínimo dos bancários em Angola, contrariando a diferença das tabelas salariais actuais.
Além desta aposta, o SNEBA diz que prima pela defesa do emprego dos funcionários bancários, sobretudo nesta fase da situação económica e financeira do país.
O Sindicado Nacional dos Empregados Bancários de Angola, actualmente, regista problemas de vária ordem ligados à saúde, mentalização dos funcionários bancários, em termos de ética e deontologia profissional, assim como a gestão devida dos bens dos clientes bancários.
Para Filipe Makengo, a função do bancário é preservar a ética e segurança, sendo fiel depositário dos bens que lhe são confiados.
“Não podemos usufruir dos bens alheios que são confiados ao banco. Por isso, temos a preocupação de consciencializar cada vez mais os funcionários para que primem pela ética bancária”, alertou, admitindo que tais práticas podem levar as instâncias da Justiça.
O ganhar pouco, prosseguiu, não significa que o funcionário bancário tem de “ pôr a mão” naquilo que não lhe pertence.
No que toca ao projecto “SNEBA Sempre a Pensar em Ti”, lançado neste dia, o sindicalista diz ser uma iniciativa que vai melhorar a vida social dos funcionários bancários filiados e seus familiares, que passam a beneficiar de descontos especiais em variados serviços privados que acorrerem, quer a nível de Angola, como no estrangeiro, como Portugal, numa primeira fase.
Desta feita, o SNEBA assinou, em menos de um mês, 150 protocolos, dos 500 previstos, com empresas privadas dos ramos da Saúde, Educação, hotelaria e turismo, entre outros sectores.
O projecto prevê a construção de uma clínica para os funcionários bancários, cuja obra arranca ainda este ano.
Planos de apoio aos seus filiados, de engenharia e ao empreendedorismo contempla de igual modo o projecto.
O SNEBA que tem as suas raízes no Sindicato Nacional dos Empregados Bancários da Província de Angola, fundado através da Portaria nº.12,825, de 27 de Julho de 1963, conta actualmente com 16 mil filiados, dos mais de 24 mil funcionários da banca. (Angop)