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    São Tomé e Príncipe: Comissão política do ADI expulsa presidente eleito

    Comissão política da Acção Democrática Independente, na oposição, decidiu expulsar 14 militantes, incluindo Agostinho Fernandes, eleito presidente do partido no sábado (25.05), num congresso que a comissão não reconhece.

    De acordo com a DW África, a “comissão política estatutária em efectividade de funções” do ADI, que se reuniu na sexta-feira (24.05) à noite, decidiu “expulsar das fileiras do partido” Agostinho Fernandes, Álvaro Santiago, Arlete Zeferino, Arlindo Ramos, Cecílio Quaresma, Ekneidy dos Santos, Hamilton Sousa, Ilza Amado Vaz, Levy Nazaré, Octávio Boa Morte, Olinto Daio, Pedro Carvalho, Vitorino do Rosário e Wadson Almeida, segundo a deliberação, citada pela agência de notícias Lusa.

    Em causa está a decisão de “um grupo de militantes” que “optaram por não acatar a decisão do conselho nacional”, tomada esta quinta-feira, de adiar, sine die, o congresso do partido – realizado no sábado (25.05) e destinado a eleger o presidente, após a autossuspensão do anterior líder, Patrice Trovoada, em Novembro passado.

    A decisão do conselho nacional surgiu depois de Patrice Trovoada, ausente do país há vários meses, ter enviado um vídeo a recomendar o adiamento do congresso.

    Agostinho Fernandes, candidato único à liderança do ADI, foi eleito no sábado, por aclamação, no congresso, depois de na sexta-feira o presidente da comissão eleitoral do partido ter garantido estarem reunidas as condições para o encontro.

    “Tudo isto é ilegal”

    Contactado pela Lusa, um elemento da candidatura de Agostinho Fernandes, também visado nesta decisão da comissão política, desvalorizou: “Não se reuniu a comissão política, tudo isto é ilegal”, afirmou, indicando ainda não ter sido notificado.

    Em declarações à Lusa, o líder parlamentar e membro da comissão política do ADI, Abenilde Oliveira, afirmou que o conselho nacional, “o maior órgão deliberativo do partido entre congressos”, tinha decidido pelo adiamento do congresso previsto para hoje, uma deliberação que “deve ser acatada e respeitada por todos”.

    “Não entendemos porque é que alguns militantes decidiram avançar com o congresso”, comentou.

    “A comissão política, avaliando a gravidade deste posicionamento dos companheiros, que não acataram a decisão soberana do conselho nacional, decidiu aplicar a medida disciplinar mais gravosa”, adiantou Abenilde Oliveira.

    O líder parlamentar do ADI sublinhou que “a realização do dito congresso não tem qualquer efeito”, comentando que no sábado participaram nessa reunião “pessoas que não são militantes do ADI e que foram pagas para irem ao congresso”.

    “Não nos revemos em Agostinho Fernandes, ele não é nosso presidente”, salientou.

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