Aspectos ligados à luta e resiliência dos povos africanos que foram para a América, onde criaram focos de resistência contra a repressão colonial, são retratados numa exposição, denominada “Angola Janga”, aberta esta quinta-feira, em Luanda.
Aberta ao público, com entrada grátis, até o dia 11 de Agosto, no Centro Cultural Brasil, na capital do país, a exposição é da autoria do brasileiro Marcelo D’Salete, ausente no acto, cuja vinda a Angola está marcada para a segunda quinzena de Julho.
Na ocasião, explica Angop, o artista plástico Paulo Kussy considerou ser a exposição a revelação de um forte sentido de investigação e espécie de retorno as origens africanas, pois permite explicar as vivências do passado e compreender melhor o presente.
Por seu turno, o embaixador do Brasil acreditado em Angola, Paulino Franco Neto, referiu que a obra proporciona diversas formas de interactividade, com realce para a possibilidade de os visitantes deixarem depoimentos.
“Angola Janga” é um símbolo do Quilombo dos Palmares, principal foco de resistência à escravidão no Brasil colonial, formado em fins do século XVI, em Pernambuco.
O Quilombo dos Palmares constituiu, por mais de 100 anos, um “verdadeiro reino africano em terras brasileiras”. A data da morte de Zumbi dos Palmares (20 de Novembro) tornou-se o “Dia Nacional da Consciência Negra”.
Marcelo D’Salete é um quadrinista, ilustrador e professor brasileiro, e deverá se deslocar a Angola para realizar uma série de oficinas e palestras, podendo interagir com a comunidade de cartoonistas do país.