SIC é acusado de não resolver o problema
Luanda tem sido palco de raptos de cidadãos chineses a quem são exigidos de10 a 100 milhões de kwanzas.
Os casos ganharam notoriedade ao ponto de o embaixador chinês em Angola ter feito um apelo para a polícia pôr termo a esses raptos.
Na passada sexta-feira, na avenida Comandante Fidel Castro foram raptados um chinês e um angolano tendo sido exigido o pagamento de 100 milhões de kwanzas, mas, no final das negociações, os raptores aceitaram sete milhões de kwanzas, que correspondem a 38 mil dólares no câmbio oficial.
“Só tenho sete milhões, dinheiro está muito difícil”, disse um dos raptados num áudio a que a VOA teve acesso.
Em conversa com a VOA, Simão Milagres, director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, apelou a população a resolver os problemas dentro das instituições angolanas e disse que todos os dias aquele ministério leva a cabo campanhas para credibilização da instituição e que é um falso problema a falta de confiança da Polícia Nacional.
O jornalista Mariano Brás considera que a falta de confiança do Serviço de Investigação Criminal (SIC) não é apenas por parte dos cidadãos chineses, mas diz que a desconfiança também existe entre os angolanos.
“Nunca sabes com quem estás a falar mesmo num piquete”, disse Brás.
O director do jornal O Crime denuncia o caso de um delinquente pertencente à máfia chinesa que, mesmo com a intervenção do embaixador chinês em Angola, não foi responsabilizado. (Voa)