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    Quénia: Jornalistas ameaçados de prisão por noticiarem pilhagens no Westgate

    (Foto: D.R.)
    (Foto: D.R.)

    Nairobi – O chefe da polícia queniana ameaçou prender os jornalistas que reportaram a desorganização das forças de segurança durante o ataque, em Setembro, ao centro comercial Westgate de Nairobi e as pilhagens dos quais os efectivos são acusados, informou nesta quinta-feira a imprensa queniana.

    O Inspector-Geral da Polícia, David Kimaiyo, lembrou aos jornalistas que estava “claro que existem” na liberdade de expressão, acusando-os de incitar à revolta contra as autoridades, segundo trechos da conferência de imprensa divulgada pela imprensa queniana.

    Segundo Kimaiyo, a lei estipula que “não se deve incitar à revolta dos quenianos, não se deve fazer ou divulgar declarações que aparentam ser discursos de ódio, nem fazer declarações ou artigos que podem ameaçar a vida de alguém”.

    “Analisamos atentamente a lei para estas pessoas que, de uma forma ou de outra, poderão ter cometido infracções (…) e em breve serão detidas e levadas ao tribunal onde irão arcar com as consequências”, disse.

    Dois jornalistas de investigação da televisão queniana KTN – que, tal como os outros órgãos de comunicação quenianos e internacionais, cobriram amplamente as acusações de pilhagem ao centro comercial pelas forças quenianas que enfrentaram o comando islamita – foram citados entre os repórteres visados, segundo a imprensa queniana.

    Os donos das várias lojas do Westgate – incluindo um joalheiro e lojas de telemóveis ou de material electrónico – indicaram que os seus estabelecimentos foram completamente saqueados.

    Outros afirmaram que alguns bens de valor (computadores, dinheiro, telefones celulares, etc) deixados nas suas lojas fechadas à chave antes da fuga do centro comercial desapareceram até serem autorizados a regressar, vários dias após o final das 80 horas de confrontos.

    Segundo o balanço oficial, o ataque ao Westgate em finais de Setembro causou 67 mortos. Pelo menos vinte pessoas ainda estão desaparecidas, visto que os seus corpos ainda podem estar debaixo dos escombros de uma parte do edifício que desabou durante os confrontos entre assaltantes e as forças da ordem. (portalangop.co.ao)

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