O PSD destacou, esta quarta-feira, na Assembleia da República o que classificou como “sinais positivos” na economia e no emprego, enquanto o PS considerou que esses sinais são “tímidos” e que “a crise continua”.
No final desta discussão sobre o clima económico, PSD e CDS-PP reiteraram os apelos ao PS para que se disponibilize para “um compromisso” ou “pacto de regime” sobre as políticas de promoção do crescimento sustentado a aplicar em futuras legislaturas. Nesta altura, os socialistas já não dispunham de tempo para responder.
O estado da economia e do emprego foi um tema levado a plenário pelo deputado Arménio Santos. Através de uma declaração política, o social-democrata sustentou que os dados mais recentes confirmam uma “tendência de queda” do desemprego, apontou a evolução da confiança, das exportações e da produção industrial e assinalou a descida dos juros da dívida pública.
“Estamos a levantar-nos do chão”, afirmou o ex-secretário-geral dos Trabalhadores Sociais Democratas, depois de ressalvar que o PSD está consciente das dificuldades por que os portugueses passam.
Arménio Santos pediu ao PS que reconheça estes “sinais positivos”, que, alegou, indicam que “os sacrifícios estão a valer a pena” e antecipam “um ciclo novo de crescimento económico”.
O deputado socialista Rui Paulo Figueiredo retorquiu que o PS tem saudado “repetidas vezes” os “sinais positivos” que surgem e saudou a descida dos juros da dívida, mas considerou que a referida descida do desemprego é “ténue” e a recuperação da atividade económica “tímida”.
“A verdade é que a crise continua”, defendeu. (jn.pt)