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    Projeto Truco vai checar falas de candidatos ao governo de sete estados

    Além de equipes locais em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Ceará e Pará, projeto de fact-checking também vai verificar falas dos presidenciáveis

    O Truco, projeto de checagem da Agência Pública, está se preparando para cobrir as eleições de 2018 em sete estados, além da corrida presidencial. A Pública vai checar os candidatos ao governo de  São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Ceará e Pará, além dos candidatos à presidência.

    As equipes que farão a cobertura nos estados de São Paulo e Minas Gerais serão coordenadas por repórteres da própria Agência Pública. No Ceará, a cobertura será feita por uma equipe comandada pela jornalista Thays Lavor. No Rio Grande do Sul, a Pública terá como parceiro o Filtro, organização local de fact-checking. Em Pernambuco e no Pará, as checagens serão produzidas pela Marco Zero Conteúdo e Outros 400, respectivamente. No Paraná, a cobertura será feita pelo Livre.jor.

    As checagens dos presidenciáveis serão feitas pela redação da Agência Pública, em São Paulo, que será também a sede da coordenação geral do projeto.  Ao todo, a cobertura vai contar com 30 pessoas checando falas de políticos e boatos.

    As checagens dos candidatos a governador e presidente serão publicadas a partir do dia 13 de agosto no site da Agência Pública. O Truco também passa a ter redes sociais próprias,  https://www.facebook.com/projetotruco/ e @truco no Twitter.

    Selos revisados

    Desde 2017 o Truco é certificado pela International Fact Checking Network, rede organizada pelo Instituto Poynter, dos Estados Unidos, que reúne os principais sites de fact-checking do mundo. O projeto segue o código de princípios da IFCN, assumindo o compromisso de ser apartidário, transparente e de seguir uma política de correções.

    Por isso, o Truco segue e mantém pública em sua página a metodologia que é seguida na produção de todas as checagens. Para tornar o projeto ainda melhor para as eleições a Agência Pública anunciou algumas mudanças no Truco. A partir de agora, o projeto conta com mais dois editores para fortalecer o processo de escolha das frases, de edição e revisão das checagens.

    Além disso, a classificação das checagens foi reformulada: o selo “Distorcido” deixa de ser utilizado por dar margem à interpretação. Também deixa de existir o selo “Contraditório”, por extrapolar a declaração que está sendo analisada. O Truco passa a adotar o selo “Subestimado” para os casos em que há uma diferença – para menos – entre o dito e o fato. Todos os selos ganharam novas descrições, para deixar os critérios mais claros. Leia aqui a nota da Agência Pública e a definição de todas as classificações.

    Para produzir as checagens, o primeiro passo da equipe do Truco é selecionar uma frase que possa ser verificada. Para isso, é preciso que contenha um dado, faça referência a leis, permissões, proibições, situações verificáveis ou traga afirmações categóricas. Dentre as declarações que podem ser analisadas, são escolhidas aquelas que têm relevância para o debate público. O Truco faz um rodízio entre as personalidades e autoridades verificadas, para manter o equilíbrio da cobertura e garantir que todos sejam fiscalizados.

    Em todas as checagens, a equipe entra em contato com o autor da frase e pede para que forneça a fonte da informação. Paralelamente, são procuradas outras fontes, oficiais ou não e especialistas. A apuração é comparada com os dados fornecidos e, com isso, a informação é classificada. Um selo que mostra o resultado da checagem é atribuído à afirmação. Por fim, o Truco volta a entrar em contato com o autor da frase e dá uma última chance para que se explique, diante da conclusão.

    Terceira eleição

    Esta é a terceira eleição que será coberta pelo Truco, que foi lançado em 2014, cobrindo a corrida presidencial daquele ano. Nas eleições municipais de 2016, o projeto cresceu e candidatos às prefeituras de cinco capitais brasileiras tiveram seus discursos verificados. A Pública trabalhou com equipes próprias em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e fez parceria com o Outros 400 em Belém e com a Marco Zero Conteúdo em Recife.

    Sobre a Agência Pública: A Agência Pública foi fundada em 2011 e tem como missão  produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público, sobre as grandes questões do país do ponto de vista da população – visando o fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e a promoção dos direitos humanos. Todas as reportagens podem ser livremente reproduzidas por uma rede de mais de 70 veículos, sob licença creative commons. A Pública também atua para promover o jornalismo investigativo independente através de programas de mentoria para jovens jornalistas, bolsas de reportagem e incubação de projetos de jornalismo independente. Em 2017 a Agência Pública foi vencedora dos prêmios Vladimir Herzog e Prêmio República e duas vezes finalista do Prêmio Gabriel García Marquez. Em 2016, foi o terceiro veículo mais premiado do país, e o primeiro veículo brasileiro indicado ao Prêmio Liberdade de Imprensa, da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). https://apublica.org/ (Agência Publica)

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