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    Programas de governo vão da revisão constitucional ao pagamento de salários cada duas semanas

    Os compromissos da maior parte das forças concorrentes às eleições gerais em Angola contemplam múltiplos aspetos da vida em sociedade, desde a revisão da Constituição até ao pagamento de salário cada duas semanas, passando pela proibição do casamento homossexual.

    A estreante coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), liderada por Abel Chivukuvuku, dissidente da UNITA, não oferece um programa de governo. Aposta antes no que chama de “linhas base” a serem desenvolvidas na estruturação do programa de governação.

    Mesmo assim, encontra-se no documento, de 27 páginas, o compromisso de “dinamizar um novo processo de revisão constitucional”, visando, entre outras metas, acabar com as eleições conjuntas para o parlamento e Presidência da República, como sucede no escrutínio do próximo dia 31.

    Mas a principal proposta, que a ser aprovada alteraria profundamente o atual sistema político-administrativo, chega de novo do Partido de Renovação Social (PRS), terceira maior força angolana, que à semelhança do que propôs nas legislativas de 2008 volta a defender o federalismo.

    É também do PRS que vem a garantia da proibição do casamento homossexual.

    Embora o tema, fraturante, não figure na ordem do dia, mereceu amplo destaque num dos tempos de antena deste partido na Rádio Nacional de Angola, na campanha eleitoral em curso.

    A explicação para o diretor nacional adjunto do PRS, Frederico Mateus, é simples: Angola tornou-se no “país do tudo é possível, uma sociedade sem valores, onde já se fala da possibilidade da liberalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma sociedade moralmente poluída”.

    A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), herdeira da União dos Povos do Norte de Angola (UPNA), que iniciou a luta de libertação nacional com ataques contra os então colonos, defende o direito à terra e promete transformá-la em propriedade do povo.

    O lema da FNLA para estas eleições é “Liberdade e Terra”.

    Outra coligação concorrente, a Nova Democracia, que elegeu dois deputados em 2008, promete melhorar os locais de venda ambulante.

    A promessa de ensino gratuito, desde o ensino básico ao ensino superior, é também uma das bandeiras eleitorais da coligação.

    Os demais concorrentes a estas eleições concorrem pela primeira vez e, destes, a Frente Unida para Mudança de Angola (FUMA) propõe-se que o pagamento dos salários dos atuais cerca de 280 mil funcionários públicos seja pago quinzenalmente.

    A coligação Conselho Político da Oposição (CPO), popularmente conhecido como “o partido dos professores”, quer que o ensino em Angola seja reconhecido na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

    “Queremos que a UNESCO reconheça os nossos certificados e os nossos diplomas, como angolanos”, sustentou João Mateus Jorge, candidato a vice-Presidente da República nas listas do CPO.

    Finalmente, o Partido Popular para o Desenvolvimento (PAPOD) apresenta como alicerces do seu programa de governo a família, a consolidação da paz, a união, o trabalho e o desenvolvimento.

    A distribuição equitativa das riquezas de Angola é a principal promessa eleitoral.

    “Angola realiza eleições gerais a 31 de agosto, que vão definir a composição do parlamento e os nomes do Presidente e vice-Presidente da República, nomeados a partir do número um e número dois da lista do partido mais votado.

    FONTE: Lusa

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